Como a grande maioria dos contos que você cresceu conhecendo pelas adaptações da Disney, aqui está mais um que ganha uma versão atualizada que estréia agora dia 08.
Com ares de grande produção e Hugh Jackman encabeçando o elenco, Peter Pan aposta numa mistura de Indiana Jones e Harry Potter para iniciar uma nova franquia, mas não mostra força suficiente para isso nesse primeiro filme…
Aos 12 anos de idade, Peter (Levi Miller) é conhecido pelo comportamento rebelde, que sempre o coloca em problema nos orfanatos por onde passa. Uma noite, ele recebe uma chamada para conhecer um mundo mágico: a Terra do Nunca. Neste local, Peter conhece novos amigos, como a guerreira Tiger Lily (Rooney Mara), e enfrenta vilões, como o pirata Barba Negra (Hugh Jackman). O garoto também descobre pistas sobre o mistério de sua mãe, que o abandonou num orfanato. Ao longo desta aventura, o menino comum transforma-se no famoso Peter Pan.

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Peter Pan começa brincando com a velha máxima do menino arteiro, trazendo à tona um pouco daquela jovialidade que todos gostamos de ver no personagem, mas de repente o filme deixa o tom mais humilde para se tornar um pouco pretensioso e cair na megalomania. As brincadeira ficam de lado e o longa se torna uma grande aventura de ação.
Em sua primeira grande sequência vemos navios voadores lutando contra aviões em um grande jogo de cores que tem intenção de arrebatar o espectador. Porém, o exagero sempre é o maior erro de uma filme como este. Quando você se diverte com uma cena de ação, não há respiro e lá estão os heróis correndo de novo, enfrentando perigos da Terra do Nunca como se fosse um video – game, muitas vezes o excesso de informação é tanta, que não se entende o que está acontecendo nas cenas. Enquanto isso o roteiro vai empurrando pra frente e aperta o tempo das plots principais, como o destino da mãe do garoto. Fica a impressão de que o argumento do jovem procurando sua mãe é só uma desculpa para jogá-lo em situações de perigo, pois nesse meio do caminho nenhum personagem ganha o desenvolvimento correto e a história fica a mercê de algumas sequências boas, mas intermináveis, e diálogos ligeiramente vagos. Esses não nos orientam sobre os personagens e suas verdadeiras motivações, ai que entram as famosas “coincidências” para explicar situações que destoam da história do filme.
O uso excessivo de C.G.I também incomoda, talvez o único cenário com objetos reais seja o tal orfanato do início do filme (mesmo as florestas que poderiam ser mais orgânicas são computadorizadas), outro problema é a qualidade do C.G.I em si. Há cenas em Peter Pan onde se identifica muito facilmente que se trata do ator em 3D.
No meio disso tudo a edição de som é bastante competente e algumas tomadas mais rápidas nas cenas de ação também mostram certa ousadia, mesmo que contida de Joe Wright.
Hugh Jackman como era de se esperar rouba a cena com seu talento dramatical e protagoniza as melhores cenas do filme na pele do intenso Barba Negra. Garrett Hedlund, tem dificuldade de construir seu importante capitão Gancho, dentro de um filme que não se decide em que se aprofundar. Enquanto Rooney Mara está no filme unica e exclusivamente para garantir uma mulher na ação. Mas o maior erro do elenco (e talvez do filme) é o próprio Peter Pan. O garoto australiano, Levi Miller, em nenhum momento convence como o garoto arteiro e esperto que conhecemos ao longo dos tempos, o menino tem ausência total de carisma, gélido e choroso, não consegue trazer a “torcida” pra ele, e consegue não ser o foco principal de seu próprio filme.
Enfim, fazendo um paralelo mais didático, Peter Pan é como uma pessoa faminta num buffet muito variado, ela pega muito de cada comida achando que vai dar conta, mas quando percebe colocou coisas demais para aproveitar seus sabores. O filme tenta ser um pouco de tudo, ter um pouco de tudo, e não se contém em sua própria grandiosidade, muito distante da imersão que esperávamos. Uma das últimas cenas (desculpem um meio spoiler) mostra bem o tom de Peter Pan, quando o garoto vira praticamente um personagem de Dragon Ball para resolver e acelerar o final do longa. Peter Pan, afinal, terá de apostar suas fichas num público infantil (apesar de também ter pretensões adultas) e torcer para que eles, assim como seu protagonista, não cresçam para notar seus problemas . Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…

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É isso ai …Has Tela Vista…O Cinema em Ação !!!