A franquia Mad Max que ajudou Mel
Gibson a se tornar um nome mundialmente conhecido, ganha um reboot com ares de
super produção em Mad Max: Estrada da
Fúria
. Estrelado por Charlize Theron o filme…espera…Charlize Theron?
Sim, apesar do nome, estranhamente Mad Max não é o protagonista do longa,
ficando para a personagem “Imperatriz Furiosa” 
de Charlize Theron todos os momentos de destaque. …

Em Mad Max: Estrada da Fúria, Max (Tom Hardy) vive num mundo pós-
apocalíptico onde os recursos naturais estão praticamente esgotados e os poucos
que os possuem guardam um poder quase tirânico. Atormentado pelo trauma da
morte de sua família, Max tem que seguir seus instintos mais primitivos para
sobreviver em meio a guerras e disputas diárias por itens básicos..

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A ideia de fazer um reboot de Mad
Max pareceu boa logo de cara, é um filme com uma temática extremamente atual
que poderia ser repaginado de forma criativa, além de que uma nova versão
chamaria a atenção para trilogia clássica com Mel Gibson. Mad Max: Estrada da Fúria impressionou muitos internautas em seu
primeiro trailer tamanho era a criatividade e grandiosidade do que foi
apresentado. De fato, o que mais nos chamou atenção no trailer é justamente o
que de melhor se encontra no filme. Sob a direção quase maestral de George Miller, o longa
trabalha suas cenas de ação como um grande ballet ritimado e coreografado a
exaustão. As câmeras colocam o espectador na ação como uma testemunha ocular da
história. É divertido como os takes estrategicamente filmados dão uma impressão
claustrofóbica que te fazem acompanhar as cenas com certa vibração. A direção
de arte eleva o nível da franquia  com
toques de criatividade de deixar qualquer Tim Burton de queixo caído. Figurinos
e maquiagens que poderiam/podem concorrer facilmente ao Oscar, contribuindo
para a criação de alguns dos seres mais bizarros que já se viu no cinema.
O “freak” toma conta da tela e ao
mesmo tempo que você tem vontade de parar de olhar em determinados momentos,
também surge uma necessidade incrível de conhecer mais de cada um daqueles
personagens (principalmente do vilão Imortan Joe). Os cenários usados também dão
o tom inventividade que os produtores buscavam, são paisagens desérticas com
paletas de cores quentes que contrastam com palidez e falta de esperança dos
personagens.
As cenas de ação são recheadas
surpresas, é tudo bem rápido para injetar desespero aos acontecimentos
(percebemos isso logo na cena de abertura). O filme é basicamente uma grande
perseguição com sequências quase intermináveis onde tudo acontece em cima de
carros, mas as viagens criativas que envolvem um guitarrista assassino, um
devorador de pessoas, um juiz cego, carros exóticos e etc, tratam de te
distrair do tempo corrido. Além de efeitos práticos impecáveis as sequências
são acompanhadas por uma trilha sonora teatral e dramaticamente envolvente.
É justamente quando essas
perseguições param, que começam os problema de Mad Max: Estrada da Fúria. Ao contrário do que parecia nas
campanhas de divulgação, o filme atualiza mesmo as discussões sobre recursos
naturais indo além da escassez de petróleo para abordar a falta de água e a
extinção de animais que fornecem recursos básicos para a sobrevivência. Porém,
essas plots são tratadas de forma superficial pela narrativa, temos uma vaga
ideia de que aquele que possuí água tem poder, mas isso não é aprofundado.
Assim como o uso do leite materno dá a impressão de que a sociedade tem de
viver sem recursos básicos provenientes dos animais, mas também fica apenas
subentendido. A interessante história por trás do personagem Mad Max é renegada
de forma brutal a alguns flash backs e assombrações do passado que nem de longe
deixam o espectador entender esse monossilábico Mad Max  vivido pelo bom ator Tom Hardy, que parece fazer
uma participação especial em seu próprio filme. A linha narrativa de Mad Max: Estrada da Fúria se resume a
uma grande fuga comandada pela Imperatriz Furiosa de Charlize Theron, história que
parece apenas um pretexto para colocar mulheres bonitas em ação. Entendam, Charlize
Theron está excelente como há tempos não se via, mostra que além de lindíssima
permanece com um talento extraordinário que podemos comprovar em algumas
inquietantes cenas de dor, mas a forma como se inverte o protagonismo do longa
em cima de uma história rasa de mulheres fugindo de um tirano, tira a
personalidade do filme.

Enfim, Mad Max: Estrada da Fúria em termos de visual é um filme épico,
algo para servir de referência para os próximos anos. Mas decepciona quando se
olha o roteiro isoladamente e acaba por fazer um contraponto com a
grandiosidade criativa que se vê no longa desde seu primeiro trailer, o que é
uma pena, pois um pouco mais de atenção ao roteiro teria tornado o novo filme
da franquia um dos melhores dos últimos anos. Veja nossa Chuck Nota logo
abaixo…

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