Melissa McCarthy e Paul Feig mandam um lindo “Fu…you” para essa nova sociedade politicamente correta que não aceita piadas com nada. A Espiã que Sabia de Menos é uma homenagem/sátira despretensiosa de filmes de espionagem que brinca com os esteriótipos e aproveita a onda de protagonismo feminino para jogar holofotes em uma das heroínas mais “tortas” do cinema atual que é Melissa McCarthy…
Susan Cooper (Melissa McCarthy) é uma despretensiosa analista de base da CIA, e heroína não reconhecida por trás das missões mais perigosas da Agência. Mas quando seu parceiro (Jude Law) sai da jogada, e outro agente (Jason Statham) fica comprometido, Susan se voluntaria para se infiltrar no mundo de um traficante de armas mortais e evitar um desastre global, atitude que irá gerar muitas situações inesperadas.
O simples fato de introduzir Melissa McCarthy como uma espiã já dá um primeiro sinal do que o espectador deve esperar. Essa vertente de sátiras de gêneros marcantes não é propriamente nova, mas dificilmente se encontra algo bem feito nesses moldes. A grande maioria são filmes que bebem do estilo Todo Mundo em Pânico para ganhar dinheiro fácil.
Em A Espiã que Sabia de Menos, temos algumas sacadas que vão bem além de uma sátira comum, desde sua trilha sonora, a escolha de personalidades ligeiramente caricatas de espiões que já foram retratados aos montes no cinema. O filme faz questão de nos relembrar o agente clássico, charmoso e cheio de artimanhas, para depois humanizar a agência e seus personagens com figuras problemáticas e escolhidas a dedo para tornar as situações mais cômicas. Percebemos logo no início do longa que o mundo dos espiões não é como parece e que Susan Cooper (Melissa McCarthy), guarda com ela uma vontade incontrolável de ir a campo, é a premissa basica do filme, uma agente totalmente fora de contexto que não se conforma em ficar atrás do computador e quando vai a campo sua falta de limites gera as melhores cenas do filme.
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As cenas de ação são inesperadamente convincentes e bem coreografadas, aliadas a uma montagem rápida e textos afiados, o espectador é surpreendido vezes pelo ritmo intenso que o filme assume. Paul Feig (As Bem Armadas), já mostrou que sabe brincar com mulheres protagonistas de comédias de ação e aqui ele deixa o palco impecável para Melissa improvisar e fazer o que sabe fazer melhor. São palavrões, comentários que claramente não estavam no roteiro, piadas auto-depreciativas, homofóbicas e etc, para Melissa e Paul não importa, eles são de outros tempos, onde o povo simplesmente ria das piadas e continuava vivendo e fazendo suas próprias piadas e não organizando protestos inúteis pela internet.
O que vocês esperam de Jason Statham em comédias? Fiz essa pergunta no Facebook, as respostas foram diversas. A verdade é que o diretor e roteirista Paul Feig, teve a sensibilidade de não tentar fazer o Statham ser comediante, Jason Statham não é engraçado, seu personagem é, e tudo que Statham precisa é atuar num personagem engraçado e , deu certo. A figura de Rick Ford (Jason Statham) é o típico ícone dos filmes de ação, durão, cheio de habilidades, marrento e com histórias inacreditáveis, mas é justamente a inconsistência da personalidade do personagem que traz as gargalhadas, pois com o passar do filme, Ford se mostra atrapalhado e confuso, contradizendo tudo que se vende dele no início do filme (e o que se conhece do próprio Jason Staham nos cinemas).
Enfim, com humor bem afiado, cenas de ação interessantes e boas homenagens aos filmes de espionagem, A Espiã que Sabia de Menos, chegou sem grandes alardes, mas deve ser um sucesso nesse verão. Fica apenas uma dica, o trailer engana, não é um filme para se ver com crianças, pois tem cenas que podem lhe causar certo constrangimento…Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…
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É isso ai …Has Tela Vista…O Cinema em Ação !!!