Mudam os cenários, mas o jogo é o mesmo…
Tentado em revisitar o mundo de Jumanji, Spencer (Alex Wolff) decide consertar o jogo de videogame que permite que os jogadores sejam transportados ao local. Logo o quarteto formado por Smolder Bravestone (Dwayne Johnson), Moose Finbar (Kevin Hart), Shelly Oberon (Jack Black) e Ruby Roundhouse (Karen Gillan) ressurge, agora comandado por outras pessoas: os avôs vividos por Danny DeVito e Danny Glover, assumem as personas de Bravestone e Finbar, enquanto o próprio Fridge (Ser’Darius Blain) agora está sob a pele de Oberon.
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Terceiro filme da franquia Jumanji (para o Jack Black, já é o quarto, pois ele conta o Zhatura rs), “Jumanji – Próxima Fase” é basicamente o mesmo filme de 2017, com alguns cenários novos.
A motivação para que a nova aventura comece, não é das mais criativas, e também, não é a maior preocupação do longa. Logo de cara somos apresentados aos personagens de Danny DeVitto e Danny Glover, que em poucos minutos nos cativam. O pequeno tempo de tela dos dois e uma relação pouco explorada, só não incomoda mais, porque o desaparecimento deles, faz surgir uma dobradinha ainda mais hilária.
Kevin Hart e Dwayne Johnson dão um show a parte, interpretando as personalidades dos avôs, parecem mesmo outras pessoas nos corpos dos atores. Conhecido por falar rápido e quase gritando, Kevin Hart adota o jeito mais “sereno” de falar de Danny Glover, enquanto Dwayne brinca à vontade com a possibilidade de ser Danny DeVitto num corpo de Bodybuilden. Essa dupla é de longe o que mais funciona no filme, ainda tem um Jack Black com menos espaço e uma Karen Gillan um pouco intimidada pelos comediantes ao redor. Vale destacar também a boa entrada de Akwafina (“Podres de Ricos”).
Outro acerto tanto do filme anterior, quanto desse, é manter o espírito de vídeo game na trama principal. Com direito a vídeo de apresentação, o enredo é simples; vilão – motivação; heróis – objetivos; fases de jogo para alcançar os objetivos. “Jumanji – Próxima Fase“, trabalha de forma muito engraçada os elementos de games dos consoles clássicos dos anos 90 (e até mesmo os bugs deles), desde os personagens que só tem um número limitado de frases, até o plus que alguns personagens ganhavam ao longo do jogo. Esse novo Jumanji traz alguns easter eggs, mas já é bem menos nostálgico que o anterior.
Jake Kasdan retorna à direção e aposta numa ação ainda maior para entregar a sensação de que o jogo pode ser mais difícil. Com ótimos efeitos visuais e um astro de ação que convincente, tudo é bastante divertido, ainda que não entregue a ideia de realmente ter “subido de nível”. A ação é ininterrupta e focada em Dwayne Johnson e Karen Gillan, que também se aproveitam de uma “novidade” do jogo, para “mudar de jogadores” e experimentar diferentes estilos de ação enquanto ela acontece, algo que também gera algumas boas piadas.
Porém, o “Jumanji – Próxima Fase” tende a se torna cansativo em determinado momento pela repetição. A montagem não faz questão de esconder que é basicamente um looping de cenas de aventuras em cenários nem sempre tão diferentes, e com trilha sonora propositalmente cafona, que dá a impressão de estarmos assistindo a mesma coisa em algumas sequências (principalmente, se contarmos a reciclagem do filme anterior).
Enfim, “Jumanji – Próxima Fase“, é um filme com uma ótima vocação para comédia, principalmente nas mãos de Kevin Hart e Dwayne Johnson. Mas como aventura, daquelas que nos fazem comer a pipoca mais rápido, o “Jumanji – Bem Vindo À Selva” está bem a frente. É quase certo que a franquia continue (há uma cena “pré – créditos” que dá ideia disso), mas também é quase certo que ela precise ousar um pouco mais pra criar novas atrações nessas continuações. Confira nossa “Chuck Nota”, logo abaixo.