Com jeitão de outros personagens, Rambo – Até o Fim, tenta reiniciar a franquia
“Rambo – Até o Fim”, começa com uma missão de salvamento que conta com a ajuda de Rambo, mas também tem alguns melodramas descontextualizados, verdadeiras sessões de terapia em meio ao desmoronamento (que aliás se repetem durante o filme). Essa sequência serve basicamente para mostrar que John está afastado da ação, mas não parado e que seus velhos traumas nunca desapareceram.
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Em seguida, somos apresentados a nova vida do velho John, que meio que adotou e protege uma família de origem mexicana. Um conflito bastante simples é colocado para fazer, Gabriele, a protegida de Rambo, entrar em apuros com mafiosos mexicanos e despertar o que há de mais sanguinário (e melhor) no personagem.
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O filme é um tanto previsível, você entende tudo que irá acontecer muito rapidamente. Talvez apenas um acontecimento surpreenda, não pelas pistas, mas pelo impacto.
Por perder alguns traços marcantes (estilo de cabelo cabelo, faixa, uniformes militares, ou até seu velho estilo monossilábico), às vezes não parece que estamos vendo o próprio Rambo na história e sim alguns dos outros personagens de Stallone como Barney Ross (“Os Mercenários”) ou Rocky Balboa.
A ação é sangrenta e verdadeiramente adulta, os fãs não terão do que reclamar quanto a isso. “Rambo- Até o Fim” não poupa cenas fortes do primeiro ao último take. Rambo arranca cabeças a corações (literalmente). Por motivos lógicos, não existem muitos confrontos corpo a corpo.
Uma decisão importante do filme que não tenta colocar Stallone como uma máquina de combate invencível. Ele usa mais estratégia, tenta pegar os inimigos de surpresa e principalmente, se aproveita dos megalomaníacos túneis construídos debaixo de sua fazenda, e isso é muito mais realista do que colocar o atual Stallone para derrubar sozinho, um a um seus inimigos. É nos momentos mais estratégicos que voltamos a nos conectar com John Rambo, aquele especialista em guerra, cheio de traumas dos outros filmes.
Os vilões são menos genéricos do que em Rambo 4, mas ainda assim, estão lá só coma função de irritar e serem esmagados pela raiva do ex- soldado (E ficamos satisfeitos quando isso acontece).
Como discutimos tempos atrás, a necessidade desse filme continua discutível após assisti-lo. Assim como Rocky 6, “Rambo – Até o Fim” tenta mostrar um Rambo “enjaulado” em si mesmo, que tem a guerra no sangue e não consegue paz sem ela. É uma história que poderia muito bem ter sido contada antes do 4° filme (que continua sendo o melhor encerramento para o personagem).
Enfim, é um filme de ação “pequeno” se comparado com os grande sucessos do gênero atualmente, mas é ação old school. É o Sly se apropriando do direito de curtir seus melhores personagens enquanto pode. “Rambo – Até o Fim” dá gás para que John Rambo continue na ativa e chutando alguns traseiros por aí… caso esse novo filme seja um sucesso de bilheteria, é claro. Confira nossa “Chuck Nota” e o trailer logo abaixo.
OBS: O filme não tem cena pós – créditos, mas tem um compilado de cenas da franquia, que podem ser bem legal para os fãs.