Uma Comédia Dramática um pouco indecisa
Simone (Catherine Frot) e Gilbert (Daniel Auteuil), um casal de aposentados, vive em uma aldeia no sul da França. Após uma série de acontecimentos, como falta de dinheiro, a mudança do amante de Simone para outro lugar e as reclamações constantes de Gilbert, Simone decide simplesmente sair de casa. Agora, Gilbert está pronto para fazer qualquer coisa para ter sua esposa de volta.
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Dirigido por, José Alcala, “Quem me ama, Me Segue!”, é uma comédia com tons de drama no início, que depois da metade parte com mais força para a comédia em si, mesmo com o risco de cair no lugar comum.
O longa constrói sua base no triângulo amoroso de terceira idade, formado por Simone (a mulher em busca de liberdade), Gilbert (o cara que ficou chato com o tempo) e Etienne (o descolado). Não há muitas novidades nessa dinâmica de triângulo amoroso, e na verdade, só não temos a impressão de já ter visto isso, por causa do carismático e experiente elenco, que faz com que as diversas repetições de situações no filme, não pareçam cansativas.
Os personagens tem personalidades marcantes e fáceis de identificar, porém, o filme é um pouco contraditório em suas intenções com alguns deles. Gilbert (Daniel Auteuil), é o mais complexo. Amargurado com o tempo e com ideias antigas e orgânicas ao seu pensamento (como o racismo), ele parece ter camadas muito interessantes que não chegam a ser exploradas no filme. Simone (Catherine Frot), também tem uma largada que nos prende atenção, a “mulher em busca de liberdade”, de se livrar da necessidade de estar na presença de quem não faz muita questão de estar com ela. Mas o filme também distorce um pouco essa imagem inicial, e nos deixa com a imagem simplista de que Simone nada mais é, do que uma mulher em busca de novas aventuras com outros homens. Etienne (Bernard Le Coq), é o personagem mais divertido e certeiro do filme, porém, tem menos espaço para se desenvolver.
O longa funciona muito bem em momentos isolados, mas tem problemas em juntar suas diversas sugestões de plots. Além do triângulo amoroso, e das questões de perfis de cada personagem, “Quem me ama, me Segue!”, tentar introduzir o drama familiar tanto na convivência de neto e avô, quanto de filha e Pai, e o próprio artificio (“uma doença que une a família”) , fica em suspenso e jamais é aprofundado, perdendo sua razão de existir.
Enfim, “Quem me Ama, Me Segue!”, é uma boa opção de comédia para quem sente a estafa do estilo americano de humor e daquele jeito burocrático de Hollywood tratar os romances. É um filme inofensivo, que não trará grande reflexões, mas garante algumas risadas… Confira nossa Chuck Nota…