Dr. Dolittle vive cercado de animais com o quais conversa diariamente, enquanto se isola dos seres humanos. Mas quando a jovem rainha Victoria fica doente, o excêntrico médico e seus amigos peludos embarcam em uma aventura épica em uma ilha mítica para encontrar a cura.
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Se você está se perguntando onde já ouviu esse nome, não estranhe, sim os filmes de Eddie Murphy são uma versão desse mesmo personagem. Em 1998 e 2001, Murphy viveu um “Dr. Dolittle moderno” e mais voltado para a comédia infantil. No entanto, a releitura protagonizada pelo astro Robert Downey Jr, preza por mais fidelidade a série de livros de Stephen Gaghan .
Personagens como: Polinésia, Jipe, Dab-Dab estão retratados da forma mais fiel possível e, contam com elenco estelar de dubladores, que vai de Tom Holland (Homem-Aranha: Longe de Casa) a Ralph Fiennes (saga Harry Potter). Os efeitos visuais para dar vida a esses animais são bastante competentes e honestos (exceto por um inexplicável e desinteressante Dragão…)
Afinal, para ser o primeiro trabalho de Robert Downey Jr, após o fechamento da saga da Marvel, era preciso uma disposição para investimentos que comportasse o tamanho da estrela.
Porém, com uma mistura de personagens dele mesmo (Sherlock Holmes e Tony Stark), Downey Jr surge num trabalho excêntrico e pouco inspirado. Apesar do carisma sempre gigante, o “filme de um ator só”, desanda nessa aposta.
Sem poder se apoiar apenas em seu protagonista, Dolittle patina no excesso de tramas. Com créditos para quatro roteiristas (sim, 4 pessoas escreveram o filme), o longa parece mesmo uma costura de várias ideias e focos diferentes. Uma montagem com trechos de filmes que não se conversam, e que eventualmente (reforce o eventualmente), tem algumas boas piadas.
Dolittle segue a cartilha básica da comédia dramática familiar, que tanto já vimos na Sessão da Tarde, a perda do ente querido como válvula propulsora para toda a história. Daí para frente o filme sobrevive de propor uma aventura que se complica e se resolve com a mesma facilidade de uma cena pra outra.
Comodidades como: Dolittle vai perder a casa onde vivem os animais, não se importa, mas descobre que justo naquele momento é a temporada de caça. Ou quando um menino atira num animal por “acidente”, e magicamente está perto da casa do Dr. dos Animais. E, claro, o fato de Dolittle ficar isolado por anos e coincidentemente receber duas visitas ao mesmo tempo, afim de tirá-lo da aposentadoria.
Enfim, Dolittle não é o desastre que vinham pintando na imprensa estrangeira, mas certamente está abaixo das expectativas que criou, tanto pelo investimento, quanto por seu protagonista. Na indecisão de seus roteiristas, não conseguimos encontrar, afinal, uma grande razão para esse reboot existir. Apesar de trazer o Dolittle conhecido dos leitores, não parece trazer o Dolittle que desperta interesse nos fãs de cinema…
Confira nossa “Chuck Nota”, logo abaixo.