“A Menina e o Leão ” é uma emocionante e honesta história de confiança entre humanos e animais
Em “A Menina e o Leão”, Mia (Daniah De Villiers) é uma jovem de 14 anos que desde pequena tem uma profunda amizade com Charlie, um leão branco da fazenda de sua família. Mas quando seu pai decide vender Charlie para caçadores de troféus, Mia não vê outra opção além de fugir com o leão para salvá-lo.
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Se esgueirando de problemas técnicos, “A Menina e o Leão” apresenta um pacote que é resultado final de um produção de três anos, isso mesmo, três anos. Porém, aparentemente, esse tempo trouxe a honestidade necessária para relação dos protagonistas.
Inicialmente, o filme não foge da tensão de ter uma menina interagindo com um leão, que cresce de forma naturalmente assustadora. A grande diferença do filme, é justamente apostar numa relação humano e pet, sem apelar para os tradicionais cachorros ou gatos. Num primeiro momento é difícil acreditar que essa relação possa funcionar, mas de alguma forma as coisas correm de um jeito muito fluído e afetivo.
“A Menina e o Leão”, no entanto, deixa de explorar um aspecto que poderia gerar muita curiosidade sobre o filme, que é justamente o crescimento do leão “domesticado” e os problemas que uma família comum, enfrentaria com isso. Ao melhor estilo “Bethoven”, a montagem mostra pequenos momentos dessa transição para nos apresentar o mais rápido possível o vistoso leão, já crescido. Bem como, a partir daquele momento, o filme vira uma especie de “Road Movie das selvas”. Assumindo certa suspensão de descrença, o filme aposta na lenda da defensora dos animais cruzando a África para entregar o Leão (em extinção), ao santuário onde ele viverá feliz para sempre.
O elenco oscila bastante e deixa o filme com aspecto de baixo orçamento. Mas a figura mais importante de “A Menina e o Leão”, é justamente a “menina”. Daniah De Villiers vive intensamente a jovem Mia, e mostra e um carinho muito orgânico pelo Leão. Bem como, é nessa jordana de amizade onde se encontram os melhores momentos de toda a parte técnica do filme, principalmente da direção, por muitas vezes deficiente.
A fotografia, como era de se esperar, abusa dos planos abertos, explorando a savana africana , com a vantagem de poder brincar com a sempre eficiente luz natural. Nem sempre funciona para o enredo, mas certamente traz belas cenas.
Enfim, “A Menina e o Leão”, não se tornará o maior clássico de amizade entre humanos e animais, mas tem uma veia simpática aos amantes de animais, e num filme com certas limitações, entrega com honestidade o que de melhor essa história pode oferecer. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota” logo abaixo.