Vingadores: Ultimato

Vingadores:Ultimato

Vingadores: Ultimato é o fan service definitivo e irresistível da Marvel

Em “Vingadores: Ultimato”, após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores têm de lidar com a perda de amigos e entes queridos. Mas com Tony Stark vagando perdido no espaço sem água e comida, Steve Rogers e Natasha Romanov lideram as últimas esperanças contra o titã louco.

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“Vingadores: Ultimato” é um festival de homenagens e “fan services”, do primeiro ao último minuto. Os verdadeiros fãs vão sair com a alma lavada, vão encontrar referências, frases de efeito direto dos quadrinhos, personagens surpresa, enfim, tudo (ou quase tudo) que sempre sonharam em ver no M.C.U. Não há espaço para a palavra “decepção” no que é entregue.

Algo a se parabenizar nos irmãos Russo (diretores) e da Disney, é como eles montaram os trailers. Não se vê nada de importante neles, quase tudo da divulgação, está na primeira parte do filme. São tantas surpresas, que nem mesmo o comentado vazamento daria conta de revelar tudo.

Como de costume, o filme tenta equilibrar comédia com ação, mas dessa vez, drama também. Bem como, a atmosfera está naturalmente mais pesada. Exceto por um ou outro insert de piadas, principalmente quando Homem – Formiga, Bruce Banner ou Thor estão em cena, o clima geral é bastante tenso.

O filme naturalmente aborda as consequências do estalo de Thanos. Mas não com muita profundidade. A ausência das pessoas é percebida pelos takes na cidade, claramente mais vazias, e com serviços básicos abandonados (como recolhimento de lixo). Porém essa tendência  ao pós – apocalíptico é deixada de lado, quando os Vingadores realmente começam a tentar reverter os danos causados por Thanos.

A ação tem uma escala grandiosa, como nunca visto no universo Marvel (sim, nesse sentido, maior do que Guerra Infinita). O campo da batalha principal lembra mesmo uma guerra, com artifícios dos mais inesperados e explosões em todos os cantos. Os irmãos Russo novamente tentam combinar os poderes dos heróis o máximo possível e administram pequenos momentos de tirar aplausos dos fãs, ao fazê-los trabalhar em equipe de verdade, com “combos” particulares.



O filme tem excelentes efeitos visuais, até os péssimos efeitos aplicados no filme da Capitã Marvel melhoraram (na verdade pioraram no filme solo, já que Vingadores foi gravado antes), é tudo muito crível. O trabalho com C.G.I e maquiagem também impressionam e contém algumas das melhores surpresas do longa.

Os Vingadores originais também são os grandes homenageados dessa história. O filme é deles. Apesar da ótima atuação de Chris Hemsworth (Thor), novamente mostrando uma veia cômica afiada (a melhor dele no universo Marvel), as luzes do filme estão voltadas para o Homem de Ferro e o Capitão América. Se no último filme Thanos era o protagonista, certamente, “Vingadores: Ultimato” pertence a Chris Evans e, principalmente,  do acima da média, Robert Downey Jr. Ambos parecem entender o que seus personagens precisavam exorcizar depois de 11 anos nessa luta, e entregam seus melhores momentos nessa década dos heróis.

O Capitão volta a funcionar como líder inspirador, e tem de longe, as melhores cenas de ação do filme. Bem coreografadas, com muita luta corpo a corpo (lembrando Soldado Invernal) e cortes de câmera inteligentes, que valorizam as habilidades do Cap. Já para Tony Stark resta o papel de “espelho” dessa história, ele é o coração do filme, tudo nasceu com ele, e os irmãos Russo fazem questão de deixar isso claro.

Outro ponto extremamente bem trabalhado pelos Russo é o emocional. Nenhum filme da Marvel teve ou terá tantos momentos tocantes e de emoção tão honesta, quanto esse.

Em pról disso, no entanto, os diretores abrem mão de algumas amarrações de roteiro que fizeram brilhantemente em “Vingadores: Guerra Infinita”. Alguns furos são bastante aparentes e inexplicados, na intenção de fazer a história andar, num filme que tem muito o que apresentar. Os principais problemas estão nas incoerências das participações da Nebulosa e do Gavião Arqueiro na trama.

Vingadores:Ultimato
Homem de Ferro protegendo o Gavião Arqueiro em momento importante

Entre as muitas referências ao cinema (de forma geral), o filme também dá um jeito de não ser criticado pelas “regras da viagem no tempo” (algo que já está implícito em toda a divulgação). Eles sempre que possível, desacreditam as regras consolidadas na cultura pop usando a própria cultura pop como referência. Por exemplo, a de que mexer no passado altera o futuro, ou de que não se pode chegar perto de sua versão mais jovem… Regras impostas por anos em filmes como “De Volta para o Futuro” ou “Exterminador do Futuro”. Uma tentativa do roteiro de se manter livre das costuras que teria de fazer, caso seguisse isso à risca. Fato é, que todas essas regras (ou falta delas), podem confundir o espectador tanto, durante o longo tempo em que se trata desse assunto no filme, quanto depois dele.

Enfim, o final épico prometido pela Marvel foi entregue, não há dúvidas. “Vingadores: Ultimato” é eficiente, poderoso e de encher os olhos dos fãs. E para provar que se trata de um final de ciclo, sem pegadinhas, pela primeira vez desde a icônica cena do Nick Fury em Homem de Ferro (2008)… um filme da Marvel NÃO TEM CENA PÓS – CRÉDITOS… É isso mesmo, talvez uma das partes mais arrebatadoras desse longa, seja esse sentimento que a falta das cenas extras traz… De que agora, é hora de recomeçar, foram 11 anos que mudaram a história do cinema e o mercado Nerd e Geek, mas o que passou, ficou para a história, é hora de voltar ao ponto de partida e … Avante, Vingadores !

Confira o trailer e nossa “Chuck Nota” logo abaixo.

Nota 4 Creed 2