Como um comercial gigante da Pepsi, Tio Drew mira na paixão pelo Basquete
No filme, Dax (Lil Rel Howery) é um grande fã de basquete, que atua como técnico de um time amador. Mas ele decide gastar todas as suas economias para garantir a presença de sua equipe em um campeonato de basquete de rua realizado no Harlem, de olho no prêmio de US$ 100 mil ao vencedor. No entanto, logo depois de uma série de eventos desastrosos, ele perde o controle do grupo. Para resolver o problema, ele recruta uma grande lenda do esporte, o incrível tio Drew (Kyrie Irving), que está aposentado há anos. Com um novo time repleto de setentões, Dax acredita que finalmente conseguirá alcançar uma vitória em sua carreira esportiva.
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O “Tio Drew”, nasceu mesmo de uma série de filmes publicitários da Pepsi. Nele a marca maquiava o jogador de basquete Kyrie Irving para transformá-lo num senhor de 70 anos. Porém com as habilidades do jogador, ao chegar nas quadras de basquete, ele sempre causava surpresa e juntava muitos curiosos para ver.
Os comerciais fizeram tanto sucesso, que surgiu a possibilidade do filme. E com o apoio da Pepsi, o Tio Drew dos cinemas, do mesmo modo, segue a linha do viral da internet. São inseridos alguns personagens de fora dos comerciais. Assim como o filme tenta se aprofundar um pouco na história do Tio Drew e como ele seria se fosse real.
Tio Drew é um tipo de mistura de clássicos do Eddie Murphy com pegadinhas do Jackass. Porém, nada para se levar muito a sério, mas que parece ter tido uma produção divertida. Sempre rendendo boas piadas, o estilo de humor dos guetos americanos ainda deve agradar os brasileiros acostumados com séries. Tal como Um Maluco no Pedaço Diferent Strokes. Do mesmo modo, o filme passeia por ambientes que geram excelentes gags. Igrejas, barbearias e até mesmo uma van ao estilo casa ambulante, que por si só já arranca risadas.
Para engrossar o time, “Tio Drew” traz participações especiais de diversos ex-jogadores da NBA. Entre eles, Cris Webber, Reggie Miller, Nate Robinson, Lisa Leslie, assim como Shaquille O’Neal. Esse, já figurinha carimbada em diversos filmes, inclusive como protagonista, no “inesquecível”, Shazam.
Apesar de ter no elenco protagonista, poucos atores profissionais, a direção de Charles Stone III consegue tirar o que precisa deles. Os grandalhões parecem se divertir enquanto soltam piadas rápidas. Piadas que no entanto, talvez nem todos entendam. A trilha sonora repleta de funk (o verdadeiro), soul e R&B, também brilha e combina perfeitamente com a “comédia de rua” de Tio Drew.
O filme é simples, e igualmente infantil às vezes. “Tio Drew”, tem muitos problemas quando resolve se levar a sério, e inserir algum drama, até por quê, não há nenhum super ator no elenco. A edição confusa, também não ajuda. Um monte de pequenas introduções dos problemas dos personagens são soltas, mas acabam se perdendo totalmente no longa.
Enfim, “Tio Drew”, não acrescenta muito ao gênero de superação esportiva. Mas nem parece ser essa a intenção. É preciso entender as brincadeiras do filme. E dar crédito a licença dos velhinhos jogando como super atletas, para curtir o estilo esquete de “Tio Drew”. Uma comédia sem qualquer pretensão, que daqui a alguns anos pode se tornar tranquilamente um daqueles filmes “legais” da Sessão da Tarde. Daqueles que você pode pegar de qualquer parte quando realmente quiser ficar de pernas para o ar.