Depois do arrasa quarteirões “Vingadores: Guerra Infinita”, a Marvel traz “Homem Formiga e a Vespa” para servir como uma “ponte”.
Em Homem – Formiga e a Vespa, Scott Lang lida com as consequências de suas escolhas tanto como super-herói quanto como pai. Enquanto tenta reequilibrar sua vida com suas responsabilidades como o Homem-Formiga, ele é confrontado por Hope van Dyne e Dr. Hank Pym com uma nova missão urgente. Scott deve mais uma vez vestir o uniforme e aprender a lutar ao lado da Vespa.
A principio a história do Homem – Formiga e Vespa originais é um pouco melhor explicada, ainda mais pela importância que esse contexto trará para a continuação do universo Marvel. Michael Douglas (“WallStreet”) retorna como o Dr. Hank Pym, enquanto Michelle Pfeifer (“Batman: O Retorno”) surge como Janet Van Dyne, esposa do dr. Pym, e a Vespa original.
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Douglas está excelente com suas tiradas meio amarguradas, já Pfeifer não tem muito tempo em tela para mostrar trabalho.
No entanto, o primeiro grande problema para quem viu qualquer um dos empolgantes trailers do filme, é que esse sem dúvidas, é o filme da Marvel que mais entrega boas cenas nos trailers. Definitivamente, está tudo lá, você nota que todas as cenas mais divertidas, já não eram inéditas. Mas a grande pena relacionada a isso, é que o filme tem ótimas e criativas cenas de ação. Principalmente brincando com a capacidade de mudar o tamanho dos personagens.
A cena de perseguição (que está nos trailers), é o maior destaque. As tecnologias que permitem mudar também os objetos de tamanho, bem como carros, deixam o desenrolar da cena muito divertida e imprevisível. Os carros diminuem e aumentam, mudam a escala de perigo da cena e tudo isso é quase hipnótico. Além de bastante engraçado na maioria das vezes. Os efeitos visuais também passam quase despercebidos (o que é ótimo), inclusive alguns rosto em C.G.I, são simplesmente perfeitos. O mesmo não se pode dizer dos combates corpo a corpo, que tem coreografias muito marcadas e pouco naturais. Da mesma forma, uma trilha sem personalidade tira a empolgação das sequências.
O filme é basicamente uma comédia de ação, e tenta novamente ser um dos longas mais engraçados da Marvel. No entanto, o primeiro filme era mais feliz nessa missão. As piadas funcionam menos nessa continuação, por uma série de motivos, primeiramente, devido a repetição. A edição e direção de Peyton Reed (“Sim Senhor”), também é bastante cansativa. O diretor mostra problemas com o ritmo do filme.
Peyton traz um tom ainda mais infantil a “Homem – Formiga e a Vespa”, entupindo o longa de explicações. A vilã, Ghost, é uma das que mais sofrem com essa escolha. A personagem já é insossa em sua construção, pior ainda quando literalmente “para” o filme para contar sua história. Sem qualquer justificativa para tal atitude, a personagem deixa ares de vilão da série do Batman dos anos 60. Um segundo vilão, vivido por Walton Goggins, surge para dar uma dinâmica inútil ao longa, que em determinado momento é contestada até pela própria Vespa… “de novo esse cara”.
Seguindo essa infantilidade, o roteiro é praticamente uma peneira tamanho os furos, mas em sua maioria abertos pelos conceitos do mundo quântico. Extremamente mal explicado e conveniente, já olhando para Os Vingadores 4, os conceitos são apresentados incansavelmente, mas sem grande lógica entre eles. Todos os acontecimentos para introduzir o mundo quântico tem alguma “forçada de barra”.
Paul Rudd e Evangeline Lilly vão bem, tem boas cenas, em separado. Apesar do filme propor uma dupla, a dinâmica dos dois mostra pouco entrosamento. Laurence Fishburne também tem bons momentos introduzindo um personagem conhecido dos quadrinhos, o Dr Bill Foster (Golias). Um personagem importante para a Guerra Civil dos quadrinhos, que aqui surge mais velho. Mais uma vez, um bom destaque é Michael Peña como Luis e sua piada da “fala rápida” que arranca boas risadas novamente.
Enfim, “Homem – Formiga e a Vespa” é um filme bem contido em seu mundo, exceto por uma ou outra menção a “Capitão América: Guerra Civil”, não tem participação de outros Vingadores ou mais do universo da Marvel. Quem não viu os outros filmes da Marvel, pode facilmente assistir apenas os filmes do Homem – Formiga sem sair perdido. “Homem – Formiga e a Vespa”, no entanto, é um filme que passa longe da força de seus antecessores (“Pantera Negra” e “Vingadores: Guerra Infinita”), deixando a impressão de ser quase um “spinoff” para explicar o que acontecerá no próximo Vingadores. Obs: O filme tem duas cenas – pós créditos, uma no meio dos créditos e outra no final de tudo. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota” logo abaixo.