Jurassic World: Reino Ameaçado traz de volta Cris Pratt, Bryce Dallas Howard e o T-REX…
Jurassic World: Reino Ameaçado, surge depois do estrondoso sucesso de “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros,” que mostrou que a franquia tinha ganhado nova vida.
No filme, Owen e Claire retornam à ilha Nublar para salvar os dinossauros restantes de um vulcão que está prestes a entrar em erupção. Mas eles encontram novas e aterrorizantes raças de dinossauros gigantes ao descobrir uma conspiração que ameaça todo o planeta.
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O filme começa com o sempre interessante debate sobre a presença dos dinossauros entre os humanos. Assim, procura trazer certa seriedade e sentimentalismo para o assunto, pois agora ganha ares de “proteção aos animais”. No entanto, o que se vê imediatamente depois, é um punhado de incoerências que acabam praticamente satirizando a discussão.
O sucesso de Jurassic World nasceu da grandiosidade e ferocidade de suas cenas de ação. Nessa continuação o ponto forte não mudou, o filme começa com uma bela sequência e algumas das melhores cenas da franquia, carregando consigo aquela ingenuidade irritante dos filmes de terror.
Por vezes, o filme realmente lembra um terror clássico. Com enquadramentos cheios de sombras como os filmes da universal dos anos 30 e 40. Percebe-se em alguns pequenos momentos, que na hora emular terror e ação, o filme vai muito melhor. As cenas tem peso, tem física e quando cruzadas com esse estilo mais dark, ficam realmente impressionantes. Mas, além de terror e ação, o que mais um filme da franquia poderia ser. Pois bem, é ai que entra o drama, que lembra o que há de pior na TV Mexicana. Ficamos na dúvida se o atores realmente não conseguem entregar um mínimo ou a direção de elenco não chega lá.
Tentando se distanciar de seus antecessores, J.A Bayona parece confuso sobre o que fez as pessoas gostarem tanto da franquia. Apela para uma série de artifícios tentando fisgar o público enquanto coloca sua próprias idéias. Nesse momento, entra um looping infinito de auto referências da franquia. Pois, sem dar spoilers, você vai perder as contas de quantas vezes verá o T-Rex soltando seu “rugido” clássico, ou um dinossauro qualquer, batendo a cabeça em algum lugar segundos antes de tentar morder um humano. Em sua ansiedade para agradar o público, Bayona esquece até da continuidade de algumas cenas. Sejam erros de continuidade básicos ou problemas na edição, algumas vezes é preciso se perguntar como o filme chegou até ali.
Vemos um Criss Pratt diferente do carismático aventureiro que conhecemos. Aqui ele corre maquiado, de um lado para o outro, e parece ser imune a dinossauros. Já Bryce Dallas continua espetacularmente bonita em tela, para também correr de um lado para o outro. Tudo isso, enquanto o personagem Webb (um especialista em T.I, oras), vivido pelo bom ator Justice Smith (série The Get Down), tenta encaixar uma série de piadinhas sem time algum, são raras as tentativas que realmente funcionam, pois o roteiro não escolhe bem o momento de encaixá-las.
Com Jeff Goldblum retornando, mas muito mal aproveitado, ainda temos um vilão que para um desenho animado, fica devendo apenas as gargalhadas. Além de ter o famoso “botão vermelho”, que pode mudar todo o filme, ele literalmente para o longa para explicar uma plot twist que parece importante no primeiro momento, mas é quase totalmente esquecida até ser usada convenientemente na reta final.
Porém, outro ponto louvável de “Jurassic World: Reino Ameaçado” é sua trilha sonora. Composta pelo vencedor do Oscar, Michael Giacchino (“Planeta dos Macacos: Guerra”). Orgânica e envolvente, ela sempre te leva “pelas mãos” no improvável mundo dos dinossauros
Enfim, Jurassic World: Reino Ameaçado, é certamente um filme com potencial de blockbuster, também impulsionado pelo sucesso do primeiro longa. O problema é que de um lado, existem blockbusters como “O Cavaleiro das Trevas” e Vingadores, por outro lado, também existem blockusters como Transformers, despreocupados e bom para as crianças (as que não conhecem a complexidade da Pixar ainda). Pois bem, “Jurassic World: Reino Ameaçado” parece ter escolhido o lado dos autoboots nessa briga.
PS: O filme tem uma cena “pós – créditos”, exatamente ao final de tudo. Confira o trailer e nossa Chuck Nota, logo abaixo.