12″7 Dias em Entebbe”, novo filme de José Padilha é baseado na Operação Entebbe que foi uma missão de resgate contraterrorista levada a cabo pelas Forças de Defesa de Israel no Aeroporto Internacional de Entebbe em Uganda no dia 4 de julho de 1976.[1] Uma semana antes, em 27 de junho, uma aeronave da companhia aérea Air France com 248 passageiros havia sido sequestrada por membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina e das Células Revolucionárias da Alemanha e desviada para Entebbe, o principal aeroporto de Uganda.
O diretor brasileiro/hollywoodiano José Padilha, esteve em São Paulo para divulgar seu novo filme , “7 Dias em Entebbe” (confira a crítica) e comentou sobre sua visão para o acontecimento e polêmicas que o filme já vem levantando.
O diretor logo de cara comentou que se apoio ao máximo possível no relatos das pessoas que estiveram no evento, para fazer toda as marcações na operação militar – “Tudo precisava sair da melhor maneira possível”.
Uma das polêmicas do filme é sobre como Padilha aborda o lado humano dos terroristas. “Não leio críticas, mas sei que na Alemanha os jornais estão falando muito bem, enquanto os sites de cinema estão dando pontos negativos. Mas não tenho medo de crítica. Eu fiz Tropa de Elite 1 e 2, lembram? (Risos)”
O diretor também comentou como chegou a escalação de Rosamund Pike (“Garota Exemplar”). “Eu falei com muitas atrizes, algumas até mais famosas. Mas perguntei se ela conseguiria falar alemão no filme, ela rebateu dizendo que aprenderia a falar fonéticamente. Eu sou um pouco cético e fiquei com o pé atrás. Quando mostrei o filme para alguns amigos da Alemanha, eles me perguntaram se ela havia nascido em Frankfurt. Se eu puder falar o porquê a escolhi, digo que é porque ela é uma atriz brilhante!”.
Padilha também comentou novamente sobre a violência no Rio de Janeiro (tema recorrente na sua obra) sobre o caso Marielle e sobre sua série para a Netflix, O Mecanismo. “É algo que não vai acabar tão cedo. Aconteceu hoje e vai acontecer outro caso em 5, 10 anos. Infelizmente a polícia é da forma como retratei em Tropa 1 e 2: corrupta e despreparada”. Padilha atualmente vive nos Estados Unidos.
Sobre “O Mecanismo”, José Padilha reafirmou que a corrupção no Brasil é sistemica e está em todas as escalas sociais, independentemente de partidos políticos, e a ideia da série é se aprofundar no assunto.
“7 Dias em Entebbe”, já está em cartaz.