Com o vilão prometido há anos e certo excesso de personagens, a Marvel traz a campo seu grande e épico fechamento de uma década de filmes, com um longa de escalas gigantes, mas ainda bastante apegado ao legado dos heróis.
O filme começa exatamente depois dos eventos de “Thor: Ragnarok”, e não demora para fazer demonstrações do que Thanos é capaz. Em “Vingadores: Guerra Infinita”, Thanos está decidido a encontrar todas as joias do infinito e restabelecer o equilíbrio do universo. Para detê-lo Os Vingadores terão de juntar sua maior equipe até hoje.
Os irmãos Russo (“Capitão América: Guerra Civil”), estão na direção e apresentam uma forma diferente de abordar os Vingadores. Tentando fazer malabarismo para encaixar a quantidade de personagens que lhes foram dados, eles oferecem pequenas “degustações” de alguns deles, mas focam em jornadas importantes no meio desses núcleos. Você sente o amadurecimento de certas figuras mais antigas desse universo Marvel.
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Apesar do volume de personagens, o filme aposta (acertadamente), num campo seguro. A primeira formação de Vingadores no cinema, serve como estrutura para manter a narrativa do longa. São sempre Homem de Ferro, Capitão América e Thor quem comandam a ação. O Thor, de Chris Hemsworth, ainda apresenta alguns resquícios do “Thor stand up” do último filme, mas melhora muito, quando recobra a personalidade super poderosa e com sede por batalhas. O Capitão América surge como um líder cansado, mas aparentemente mais ciente de suas responsabilidades e sabendo usar melhor seus poderes, enquanto o Tony Stark de Robert Downey Jr, continua sendo a figura que mais atrai atenção no filme. O arco dele é o que está mais completo, e apesar de manter a personalidade egocêntrica, Tony se posiciona como um herói amadurecido em “Vingadores: Guerra Infinita”.
Destaque ainda para o excelente Mark Rufallo dando show como Bruce Banner, o Star Lord de Chris Pratt que carrega o humor do longa ao lado do Tony Stark, a imponência do Doutor Estranho com o vozeirão de Benedict Cumberbatch, e o ainda novo, Homem – Aranha de Tom Holland, que demonstra mais intimidade com seus poderes e conta com a simpatia do ator. O restante dos personagens tem momentos pontuais, mas são figurantes de luxo. O filme ainda conta com algumas aparições surpresa de novos e antigos nomes do universo Marvel.
Ao contrário de Ultron, Thanos como vilão é uma ameaça muito clara e real, poderoso como se imaginava, sem ser totalmente over power, e muito mais complexo do que parecia tem termos de personalidade. Com motivações claras e argumentos “sólidos”, Thanos tem uma visão que se assemelha a de um ditador com poderes de Deus.
O desenrolar do filme parece apressar a tal busca pelas joias do infinito, que há tempos estão espalhadas pelo universo Marvel e, aparentemente, só agora, despertaram um interesse de fato incontrolável em Thanos. Para ajudar nessa “acelerada” da história, o roteiro conta com muitas coincidências.
A ação é espetacular, cada cena comandada pelos irmãos Russo é bem pensada para levar os heróis ao limite. Para as lutas, a Marvel aposta em duas fórmulas: as batalhas ao melhor estilo exército medieval, como a luta em Wakanda, ou as clássicas combinações de poderes com pequenos grupos, síntese dos Vingadores. Um dos pontos altos da Marvel nos cinemas continua sendo a dinâmica de grupo. É tudo muito orgânico, e apesar de as vezes rápido demais, a forma como os heróis conseguem se entender em cena, depois de 10 anos de filmes, ainda é impressionante. O C.G.i também está bastante fluído, e apesar de um ou outro problema de movimentação do Thanos, totalmente oposto a falta de naturalidade dos efeitos do Pantera Negra.
Enfim, o filme muda o caminho imaginado de todos os próximos longas da Marvel até Vingadores 4, “Vingadores: Guerra Infinita”, é um filme de muitos “quase” e várias incertezas, como era de se esperar. Até o próximo Vingadores, não saberemos exatamente quais foram as intenções da Marvel, ou se ela pretende manter e fazer as pessoas acreditarem na proposta final desse longa para seu universo… a expectativa será um trunfo do estúdio até lá. OBS: O filme tem uma cena pós – créditos, depois do final de todos os créditos, que traz novidades ao universo Marvel. É isso… Confira o trailer e a Chuck Nota logo abaixo.