O Capitão Jack Sparrow novamente retorna de suas sempre loucas férias para divertir numa história coerente com o espirito da franquia e trazer a saga de volta aos eixos e o que é importante para os fãs.
No filme o Capitão Jack, que anda passando por uma onda de azar, sente os ventos da má sorte soprando com muita força quando os marinheiros fantasmas assassinos, liderados pelo aterrorizante Capitão Salazar (Javier Bardem), escapam do triângulo do diabo decididos a matar todos os piratas em seu caminho, especialmente Jack. A única esperança de sobrevivência para ele então é o lendário tridente de Poseidon, mas para encontrá-lo ele terá que estabelecer uma inconveniente aliança com Carina Smyth (Kaya Scodelario), uma linda e brilhante astrônoma, e Henry (Brenton Thwaites), um jovem e teimoso marinheiro britânico.
Se tem um filme desde Indiana Jones ao qual se pode ligar o gênero aventura, este é Piratas do Caribe, um verdadeiro representante dessa linha que mistura o impossível com uma ação urgente e bem humorada.
O argumento do longa é simples, mas eficiente e trata de trazê-lo de volta para linha de histórias da primeira trilogia, recolando os Turners de alguma forma (apesar de cenas muito ruins da família completa), e trabalhando um novo mito mágico do alto mar. É importante observar que apesar de suas duas horas, o filme transcorre facilmente, sem inchaços. O roteiro apresenta o básico dos novos personagens de um jeito não linear, mas que se entende perfeitamente. Talvez o único que careça um pouco mais de atenção, seja justamente o vilão Salazar, que tem parte do seu passado revelado, mas é tudo muito rápido e resumido, aparentemente com intuito maior de impressionar o público com a representação em C.G.I do Johnny Deep mais novo (que não é tão impressionante assim, se comparado com trabalhos recentes desse tipo).
E por falar nele, Johnny Deep retorna a boa forma como Jack Sparrow. Expressivo, engraçado, enfim, Deep sendo o Deep que admiramos e não o que tem sido perseguido pelos tabloides ultimamente. Além dele, novamente temos Geofrey Rush excelente como Barbossa, acompanhado do estreante Javier Bardem sempre entregue, mesmo na captura de movimentos, e a ídola teen Kaya Scodelario, que tem pouco currículo, mas acaba se mostrando um achado positivo no filme.
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As cenas de ação novamente são bem criativas, sem medo de andar lado a lado com o absurdo, e brincar com todas as possibilidades que o cenário de mar lhes dá. Os diretores Joachim Rønning, Espen Sandberg tentam resgatar um pouco da aventura e inconsequência da trilogia dirigida por Gore Verbinski. Em verdade todos os diretores da franquia são do tipo sem assinatura, o longa tem mais a cara de Jerry Bruckheimer, produtor da franquia. O capricho assinado pela Disney e o veterano Jerry é um show a parte. Design impecável, cheio de detalhes de época, efeitos visuais impressionantes e extremamente modernos como os utilizados na tripulação do vilão Salazar, ou na maioria das cenas de mar, e uma junção de 3D inteligente que também dá boa profundidade em determinadas cenas e até alguma interação.
Mesmo com a utilização óbvia de C.G.I pelas temáticas de fantasia, é divertido ver a quantidade de efeitos práticos que ainda se utiliza num filme como Piratas do Caribe, e o quanto isso faz diferença para sua proximidade com ele (quanta diferença para Rei Arthur), cenas coreografadas em que você vê pessoas realmente se esforçando, não um monte de bonecos digitais.
Como de costume na franquia a trilha sonora é cativante, consegue casar perfeitamente as aventuras que vemos pipocar na tela e fazê-las parecer um parque de diversões, além da injeção de adrenalina, por vezes elas também fazem o trabalho de tornar as cenas ainda mais cômicas.
Enfim, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, melhora o nível da saga depois do descartável e mal escrito quarto filme, é possível experimentar novamente aquela sensação de aventura e magia que havia se perdido no último, e tudo isso com uma identidade muito própria, afinal, em Piratas do Caribe tudo parece o grande sonho de um pirata bêbado de rum e totalmente sem noção, então imagine a liberdade que isso traz… Confira o trailer e nossa Chuck Nota logo abaixo.