A Visita é a mais nova tentativa de M. Night Shyamalan, o famoso diretor de O Sexto Sentido e Corpo Fechado de emplacar um sucesso comercial e aplacar as críticas ferrenhas que dizem que sua criatividade se foi… Mais a frente vou falar o que penso da fase criativa do diretor, por hora, vamos apenas dizer que, não foi dessa vez …
Um garoto (Ed Oxenbould) e sua irmã (Olivia DeJonge) são mandados pela mãe (Kathryn Hahn) para visitar seus avós que moram em uma remota fazenda. Não demora muito até que os irmãos descubram que os idosos estão envolvidos com coisas profundamente pertubadoras que colocam a vida dos netos em perigo.
Ok, num primeiro momento temos de admitir que a concepção inicial, o “cru” da ideia é interessante, um bom sinal para os fãs de M. Night Shyamalan, que também é responsável pelo roteiro do longa.
No entanto, quando se começa olhar atentamente para o filme o que percebemos é que ele peca na execução. O suspense do filme acaba sendo inundado por algumas gorduras desnecessárias, personagens mal desenvolvidos, sem motivações aparentes e reforçados por soluções fáceis demais. O elenco, por questões óbvias não tem grandes nomes, mas tem boa entrega. Destaque para a veterana Deanna Dunagan que nos premia com algumas cenas bastante pertubadoras, sejam elas mais fortes em termos de gestual ou mais minimalistas como as que a personagem convence a neta a “limpar o fogão por dentro”.
O que incomoda é que o outrora aclamado por sua criatividade M. Night Shyamalan, agora se rende ao imediatismo comercial e apela para “bendita” filmagem em primeira pessoa, moda criada por A Bruxa de Blair e amplamente difundidade pela cine série Atividade Paranormal, parece que desde que começou a franquia dos espíritos filmados por câmeras caseiras é proibido fazer um longa de terror que não simule um filmagem amadora. Tal moda engessa filmes como A Visita, que precisam explorar melhor os ângulos de filmagem para implantar o medo nos espectadores, mas ficam presos em planos fechados, chapados e muitas vezes, preguiçosos.
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Essa escolha de M. Night Shyamalan, mostra que o diretor está tentando usar de suas últimas fichas para voltar a conquistar o público e já não tem tanta coragem para ousar quanto no início da carreira. Fica a impressão que a ideia inicial foi bastante modificada para ir acomodando elementos que pudessem agradar a audiência, se não foi isso, e realmente o próprio Shyamalan fez algumas escolhas como a câmera em primeira pessoa ou tentar dar lição de moral em filme de terror, então, de fato, não há mais esperanças. Nem as famosas viradas do diretor conseguem surpreender mais (e olha que ele tenta pelo menos duas).
Enfim, A Visita era um filme que eu, pessoalmente, tinha boas expectativas, mas elas foram se dissipando já nos primeiros minutos em que mesmo o mais desatento vai notar a falta de algumas lógicas no argumento principal. M. Night Shyamalan poderia ministrar palestras com os irmãos Wachowski (Matrix), sobre como fazer uma obra espetacular, e sobreviver o resto da vida tirando dinheiro dos estúdios criando a expectativa de acertarem a mão de novo.
O constrangedor final com um rap/resumo após uma lição de vida bastante batida mostra que A Visita é um filme que renega a si mesmo… Confira nossa “Chuck Nota” logo abaixo.
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