Por Bruno Sawyer:
Trazido ao Brasil pela UCI e exibido em 17 salas, Roger Waters – The Wall leva emoção e reflexão para as telas do cinema. 
O ex-membro do Pink Floyd excursionou durante três anos com a turnê que reproduziu na íntegra o disco lançado em 1980 e isso rendeu um longa-metragem que estreia mundialmente no próximo dia 29 de setembro…

Neste novo filme o músico intercala o show com imagens
pessoais, trazendo um tom ainda mais humanizado para a obra, pois homenagens
não faltam a vítimas da guerra ao longo do concerto.
O filme foi escrito e dirigido por Roger Waters e Sean
Evans. No início há um depoimento de um ator famoso, onde ele fala como  a obra The Wall afetou sua vida. Depois se
inicia a jornada de Roger, saindo de dentro de sua casa e indo visitar um
memorial de guerra inglês. Aliás, a memória é um ponto importante do longa,
sendo bem representada pelos memoriais onde seu avô e seu pai estão e conversas
sobre como a memória humana é falha às vezes.
George Henry Waters, avô de Roger, foi morto em 1916 durante
a primeira guerra mundial. O pai do baixista e maior fonte de inspiração para
suas obras, Eric Fletcher Waters, tinha apenas dois anos na época e,
infelizmente, morreria em combate alguns anos após, durante a batalha na praia
de Anzio, na Italia em 1944. Roger tinha apenas alguns meses de vida e isso
mostra o peso que a guerra tem em sua vida.

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Mas as críticas à violência e à desumanidade não se
restringem aos seus dramas pessoais. Durante os shows várias imagens de fichas
e fotos de pessoas que perderam suas vidas por conta da violência são mostradas
nos telões (e no final do filme também). Inclusive, uma homenagem ao brasileiro
Jean Charles de Menezes (morto por guardas em 2010 na estação de Stockwell em
Londres, após ter sido “confundido” com um terrorista) é feita após Another
Brick In The Wall Part II.
Focando-se no show, quem assistiu a qualquer um dos
concertos da turnê sabe que é, provavelmente, um dos maiores espetáculos já
realizados no mundo do rock. Imagens capturadas em altíssima definição
(tecnologia 4k) levam o expectador para cima do palco com a banda. As luzes,
telões, efeitos de tiros, aviões (inclusive uma miniatura é jogada contra parte
do muro no ínicio do show), figurino, som e, claro, o muro gigantesco
construído durante a apresentação e derrubado no fim, são elementos que tornam
o espetáculo o mais singular possível.
Voltando às cenas da viagem de Roger, o conceito típico dos
vídeo do Pink Floyd continua firme e forte, com imagens marcantes que mexem com
a cabeça e uma fotografia impecável. Após os créditos chega um momento que não
se vê todo dia. Roger Waters e Nick Mason (seu amigo dos tempos de escola e
baterista do Pink Floyd) sentam juntos numa mesa de bar e respondem a questões
enviadas por internautas. É realmente um encontro singular, pois ocorre uma
mistura de seriedade com humor (mais humor até) que dá um pouco mais de leveza
ao longa. Além do mais, para os fãs da banda é um prato cheio, pois eles
respondem há algumas questões sobre uma nova reunião da banda, a relação entre
eles, como algumas músicas foram compostas e muito mais.
Só pelo conteúdo musical já valeria a pena, mas por toda a
produção impecável e megalomaníaca presente no longa e, principalmente, pela
mensagem humanitária transmitida pelo filme, a visita ao cinema é
indispensável. Veja nossa Chuck Nota…

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É isso ai …Has Tela Vista…O Cinema em Ação !!!