Poucas experiencias são tão cinematográficas quanto ouvir a clássica trilha sonora de Missão Impossível no super áudio do cinema (num IMAX então, meu amigo,,, nem se fala), desculpe repetir a palavra, mas é impossível não se envolver e se empolgar quando a introdução tradicional começa,com uma bela cena de ação, os primeiro acordes da trilha e pronto, bem – vindo a franquia Missão Impossível…
Ethan e seu time enfrentam a missão mais impossível de todas, erradicar o “Sindicato”, uma organização criminosa internacional, tão habilidosa quantos eles, comprometida em destruir a IMF.
Missão Impossível: Nação Secreta começa com a comentada sequência do avião que Tom Cruise fez sem dublês, de fato um ótimo aperitivo para o que estava por vir. A história toda se desenrola em cima de um velho dilema da franquia, extinguir ou não o “IMF” agência para a qual o lendário Ethan Hunt (Tom Cruise) atua, o fator que joga contra a agência dessa vez é a destruição causada pelos agentes no último filme, e uma sequência de operações de grande porte em busca do tal “sindicato”.
A partir desse momento o quinto Missão Impossível se torna um típico filme de espionagem, com planos maquiavélicos vindos de todos os lados, enquanto Ethan vai atrás do tal sindicato por conta própria. O filme segue a melhor linha da franquia, sem priorizar grandes plots twists (reviravoltas), o filme apenas aguça o espectador com pequenas viradas que, em certos momentos, já se conseguiria adivinhar. O maior exemplo é relativo a personagem Ilsa (Rebeca Ferguson), que apesar de levantar suspeitas quase o filme inteiro sempre dá pistas falsas sobre seu caráter. Em Missão Impossível: Nação Secreta, tudo nos leva a crer que a história será complexa, quando no fundo, é bastante simples, nada mais é do que uma guerra entre agentes super habilidosos (bons e maus), onde claro , você irá torcer pelo “Team Cruise”, na verdade um grande pretexto para as vistosas cenas de ação que os fãs da franquia procuram quando vão ao cinema.
Christopher McQuarrie, muito conhecido como roteirista, mergulha em seu segundo trabalho dirigindo Tom Cruise (o primeiro foi Jack Reacher) e se mostra bastante seguro, procura não inventar muito em termos de fotografia e focar mais na execução das sequências de ação, extremamente bem produzidas e editadas, porém com alguma arestas quando o CGI é necessário. A perseguição de motos deixa muito claro em algum momento de que se trata de fundo verde e isso prejudica um pouco a experiência. De forma geral a ação é criativa e aproveita muito da disposição de Tom Cruise para impressionar, com destaque especial para as boas coreografias de lutas (principalmente no teatro de Viena) e a excelente perseguição de carros em Marrocos, efetivamente mais emocionante do que a famosa cena do avião.
O ponto forte do longa, sem dúvida, é a trilha sonora, um verdadeiro show que começa com a inesquecível trilha de Danny Elfman que dá carona para uma infinidade de trilhas incidentais que agarram o público pelo braço e o colocam na ação, tanto que um dos momentos mais impactantes do filme é uma cena onde toda a trilha simplesmente some, a tela fica muda e em fração de segundos sentimos o impacto que a trilha está causando. Outra brincadeira genial é quando usam as trilhas de ópera dentro do teatro de Viena para coreografar as cenas de ação, que ficam mais dramáticas e agoniantes. Em termos de dição e mixagem de som não resta dúvidas de que Missão Impossível tem tudo para aparecer no Oscar (ao menos concorrendo) e manter a tradição dos filmes de ação na categoria. O som dos golpes nas lutas são encorpados, cada mínimo detalhe de áudio nas passagens é pensado e milimetricamente bem colocado para uma experiência em termos de som, que poucos filmes dos últimos anos puderam oferecer.
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Tom Cruise deposita uma vitalidade inacreditável, e não vamos nem entrar no mérito das cenas de ação sem dublês, mas sim do quanto ele se sente a vontade na franquia, quando ele assume o Ethan Hunt, o ator começa a se confundir com o personagem, numa competência fora de série. Simon Pegg como Benji ganha mais espaço nesse filme o que traz uma alívio cômico muito elegante, pois é claramente um filme que não se preocupa em arrancar risadas. A bela Rebecca Ferguson como a tensão amorosa e antí-heroína de Tom Cruise apenas não compromete o resultado, enquanto Jeremy Renner permanece meio de lado na história ao contrário do que se esperava depois do último filme.O destaque negativo fica para Sean Harris como o vilão Solomon, o ator fez escolhas muito ruins, seu vilão chega a lembrar o péssimo vilão de Edie Redmayne em O Destino de Júpiter, com uma fala forçadamente pausada e irritante que deveria tornar o personagem perigoso, mas só faz torná-lo insuportável.
Enfim, se Missão Impossível fosse uma pessoa, ele seria uma das pessoas mais honestas do mundo, porque é um filme que te promete e cumpre, você sabe o que espera encontrar e encontra. Tem as famosas máscaras, tem mensagem que se auto destrói, depois do erro catastrófico que foi Missão Impossível 2, os produtores aprenderam a lição e hoje a franquia vem numa crescente de qualidade, pois se o quinto filme não for melhor está no mesmo nível do ótimo Protocolo Fantasma. É Tom Cruise com o bom e velho cinema de ação e espionagem cheio de toques de retrô, mas ainda assim muito jovem. Como poderíamos definir o próprio protagonista…Veja a Chuck Nota logo abaixo
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É isso ai …Has Tela Vista…O Cinema em Ação !!!
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