Por Bruno Sawyer autor do site parceiro Dossiê do Rock.
Adaptado do livro escrito por Noah Gordon e ambientado na
idade média, o filme apresenta diversas situações que podem alimentar várias
discussões. A principal delas talvez seja o peso que as religiões tinham nas
vidas das pessoas e o quanto isso pode ter atrasado a evolução da medicina (que
não existia como a conhecemos hoje) …
Homens denominados barbeiros viajavam pelas cidades europeias e funcionavam como médicos em alguns casos. Pois, seu conhecimento era muito limitado e a igreja proibia qualquer procedimento cirúrgico, pois considerava isso heresia e satanismo.
Rob Cole (Tom Payne) é um jovem inglês, sem pai e que perde sua mãe para o que chamavam de “doença do lado”. Suas irmãs são levadas e ele vai atrás de Bader (Stellan Skarsgard) que, relutante, o acaba criando. Após Barber passar por uma operação nos olhos, Rob (que sempre foi muito curioso) decide viajar até Ispahan, para ter aulas com o “médico” Ibn Sina (Ben Kingsley).
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A Pérsia era considerada o outro lado do mundo naquele tempo e a viagem era longa e perigosa. Para complicar mais, Rob acabou adotando uma identidade judia, pois apenas judeus e árabes entravam em Ispahan. Durante a travessia ele conhece Rebecca, uma jovem que está sendo levada à Pérsia por encomenda de um judeu e o início de seu romance se dá neste momento.
Com atuações discretas de Tom e Ben, O Físico não apresenta nada de mais em seu roteiro. A história vivida pelo garoto não foge muito aos clichês e a principal contribuição do filme para o público é a possibilidade de ver como as pessoas viviam no século XI e como o mundo era bem mais difícil de ser enfrentado do que é hoje, pela pobreza de tecnologia e a falta de tratamento das doenças, pois muitas não eram investigadas por conta de costumes religiosos que as proibiam.
Vale destacar todos os povos que participam do longa (Judeus, Cristãos e Muçulmanos ) tinham proibições religiosas com relação a mexer em cadáveres. Além disso, outras questões existenciais são abordadas, tornando estes fatores os mais interessantes do filme.
O Físico (que teve sua duração reduzida em 36 minutos aqui no Brasil) não conta com nada inovador ou sensacional em sua estrutura, mas vale a pena ser visto, pois a tema religião x medicina é bem interessante.
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