Kevin Costner, que tem tentado voltar ao primeiro escalão de Hollywood e parecia estar no caminho certo após O Homem de Aço, volta a embarcar numa escolha ruim; 3 Dias para Matar ensaia vários gêneros, mas o diretor McG não consegue contar nenhuma das histórias de forma elogiável…

Ethan Renner (Kevin Costner), veterano agente secreto, está à beira da morte. Seu último desejo é reatar com sua filha, com quem perdeu contato há muito tempo. Temendo não ter tempo hábil para salvar seus relacionamentos com a menina e com a ex-esposa, este homem descobre a existência de uma potente droga que pode salvá-lo, contanto que ele aceite um derradeiro trabalho.
3 Dias para Matar começa bem, nos apresenta um filme de ação usando alguns clichês legais (sim o clichê bem trabalhado pode ser divertido), do agente veterano, ação mirabolante e etc. Mas, a partir do momento que o agente vivido por Kevin Costner recebe a notícia de sua doença o filme descamba para um amontoado de plots sem conteúdo e uma indefinição inacreditável sobre qual deles abordar.

Leia Também:
Wesley Snipes pode fazer novo filme de Blade
Veja como estão hoje os atores de Rocky Balboa

Sem qualquer delonga o roteiro já apresenta uma filha chata, que faz de tudo para chamar a atenção dos pais e , claro, como não poderia deixar de ser, ela não chama o pai de pai, e sim de Ethan.
Surge em tela Amber Heard (Fúria em Duas Rodas), uma agente fetichista, que oferece um último trabalho para o morimbundo Ethan em troca da tal droga experimental que pode lhe salvar e, desta forma o fraco roteiro de Luc Bensson (O Profissional) vai se transformando em poeira na desastrada direção de McG (Exterminador do Futuro – A Salvação).
A narrativa se divide em três bases : A iminência da morte de Ethan, os problemas com a filha adolescente e a vida de ação como agente da CIA.
O senso de urgência que tentam empregar quando Ethan recebe a notícia jamais é sentido ao longo do filme; apesar de ser diagnosticado com alguns poucos meses de vida, tirando um ou outro mal estar, em momento algum, se tem a sensação de que Ethan está realmente em fase terminal. A relação com a filha adolescente repleta de clichês não acrescenta nada de novo ao estilo, pelo contrário é muito mal conduzida e desperdiça boas oportunidades de interação entre pai e filha, como uma tarde em que Ethan ensina algo essencial a menina, mostrando um tom equilibrado pelo qual poderia transcorrer a relação no filme. Por outro lado a ação é irregular, algumas cenas são bastante inventivas e bem organizadas como a perseguição de carros pelas ruas de Paris, enquanto outras, como a luta na padaria, apresentam uma confusão total com cortes desnecessários e uma centena de planos diferentes que não tem tempo suficiente para serem apreciados.

Hailee Steinfeld, a menina que fez um excelente trabalho em Bravura Indômita, aqui é sub- aproveitada como uma adolescente vazia e sem personalidade. Amber Heard é transformada numa femme fatale, cheia de excentricidades e uma vibe sensual exagerada. Já Kevin Costner…bom por incrível que pareça, o único problema de Kevin Costner foi ter aceitado o projeto, já que ele convence no papel e se não faz um trabalho melhor, é claramente por falta de uma direção mais assertiva.
Existe um núcleo interessante em 3 Dias Para Matar, que poderia ter sido melhor aproveitado, uma divertida família africana que invade o apartamento do agente na França e proporciona as cenas mais engraçadas do longa.
Enfim, em meio a tantas questões, concordo que não tinha mais espaço para a família africana. A verdade é que sempre que o filme tenta incursionar em alguma de suas vertentes ele as deixa incompletas; então, o longa não aborda com competência comédia, ação ou drama, pois sempre que começa um, entra o outro abruptamente e, ficamos sem entender, afinal, sob qual ótica 3 Dias para Matar realmente queria impactar o público…Veja nossa Chuck Nota logo abaixo

Gostou? Deixe seu comentário e siga – nos nas Redes Sociais !!!

       

É isso ai …Has Tela Vista…O Cinema em Ação !!!