Em 1993, três adolescentes foram acusados pelo assassinato brutal de 3 crianças, contra eles, mais do que evidências reais, pesava a forma como se vestiam, o fato de gostarem de Heavy Metal e terem participado de rituais de magia inspirados em seus gostos musicais. Em Sem Evidências, o caso conhecido como os “três de West Memphis”, ganha sua versão cinematográfica pelas mãos do respeitado diretor Atom Egoyan (Verdade Nua)…
O filme é bastante comum no que diz respeito ao desenvolvimento de sua narrativa, mas tenta construir tensão no momento em que são realizadas as buscas pelas crianças desaparecidas.
Neste ato entra em cena um Colin Firth (Discurso do Rei) – forçando um sotaque meio caipiresco do Estados Unidos – interpretando um promotor preocupado com o desdobramento do caso, e uma possível condenação injusta dos jovens. O outro grande nome do elenco é Reese Witherspoon, que nos apresenta um bom trabalho, com um visual menos musa que o usual.
Sem Evidências faz uso de uma “arma” que costuma favorecer o cinema neste tipo de situação, a dúvida. É uma história ambígua, sem culpados claros, que faz com o que filme possa estabelecer suspense sem necessitar de grandes reviravoltas, e acaba por deixar correr certa preguiça na hora da criação de clima. O longa transita por gêneros, em dito momento é policial, em outro é drama e tem seu ápice quando vira um longa de drama/tribunal longe de estar entre os melhores, mas é a vertente mais bem executada.
Falta um pouco de inventividade ao filme. Há muitos momentos que fazem lembrar a série C.S.I., o que não é bom para o longa, que parece engessado nessa estrutura e perde a oportunidade de explorar uma trama rebuscada e complexa que, claramente foi enxugado de forma exagerada. Neste sentido o cultuado filme do ano passado, Os Suspeitos (dentro de seus defeitos), consegue trabalhar melhor as surpresas e o fator “catarse” para tirar o chão do espectador e fazê-lo sentir a situação tomar contornos dramáticos. O diretor conduz um bom trabalho de direção de arte e reconstituição, por sinal, absolutamente cuidadosa.
Os problemas de Sem Evidências em desenvolver a curiosidade do público e a falta de criatividade para fugir do padrão investigação, acabam desperdiçando um potencial de filme bastante interessante.
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