Chega aos cinemas brasileiros A Grande Vitória, filme nacional com uma temática diferente do que nos acostumamos desde a retomada do cinema brazuca.Um longa de superação esportiva e, pasmem, não é futebol. Baseado no livro auto-biográfico ,”Aprendiz de Samurai”, o filme conta a trajetória de Max Trombini (Caio Castro) que teve uma infância humilde e conturbada. Abandonado pelo…
pai, ele foi criado pela mãe e pelo avô, que morreu quando ele tinha 11 anos. Revoltado, passou a se envolver em diversas confusões em sua cidade natal, Ubatuba, até que foi apresentado aos conceitos de disciplina das artes marciais, em especial o judô, que o estabiliza emocionalmente e o ajuda em sua jornada do herói.
Como ponto positivo já podemos destacar que o filme não se passa no Rio e nem no nordeste, não tem o “sotaque” característico dos vícios do cinema nacional. É uma tentativa interessante de dar um novo rumo as produções brasileiras, onde é comum ver cinebiografias de personalidades da mídia, mas não de figuras desconhecidas. O insight de pegar uma história de fora do grande circo de comunicação, não só evita comparações como dá mais liberdade a narrativa, que aborda com sucesso superação esportiva colocando o esporte olímpico e o charme das artes marciais como pano de fundo. Enquanto trabalha o paternalismo e a importância familiar na vida dos jovens, o filme também emula fórmulas consagradas em filmes esportivos como Rocky e Karatê Kid ao valorizar o esforço e a persistência diante das dificuldades, introduzindo cenas de treinos pesados e edificantes antes do desafio final.
Ao contrário do que se imagina Caio Castro não compromete o filme, com uma atuação bastante correta. Moacyr Franco em curta participação, surge bem novamente, enquanto o grande nome do elenco é Tato Gabus Mendes, interpretando um tipo de mestre Miyagi moderno o ator rouba a atenção, principalmente no primeiro ato do filme.Primeiro ato este, que conta com um dos pontos fracos do longa, o ator mirim Felipe Falanga, que interpreta Max na infância e compromete o resultado final com uma atuação sofrível, um pouco pior até do que Sabrina Sato que também deixa muito a desejar, mas de quem já se esperava isso. Ambos abaixo inclusive da participação especial do próprio Max Trombini como o professor Ariovaldo.
Estreante na direção Stefano Capuzzi Lapietra, conta com a supervisão do aclamado produtor/diretor Fernando Meirelles (Cidade de Deus, Ensaio sobre a Cegueira) e tenta utilizar uma linguagem distante do padrão Globo comandando a fotografia competente, porém, prejudicada pela edição previsível e repetitiva. Porém, nada no filme chega a incomodar tanto quanto a péssima trilha sonora do maestro João Carlos Martins, que além de excessivamente melodramática e mal concebida, é utilizada à exaustão.
Enfim, o segundo ato do filme poderia ter sido melhor trabalhado no plot do sonho olímpico e da carreira de Max na Companhia Athletica, temas que se mostravam desfechos naturais para a história, mas o longa acaba sempre retornando aos fantasmas paternais de Max, e tira o foco da lição esportiva para priorizar a lição familiar…Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…
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