Chega aos cinemas a nova empreitada Jennifer Lawrence, a queridinha de Hollywood. Inspirado em fatos reais Joy: O Nome do Sucesso conta a história de Joy Mangano (Jennifer Lawrence), criativa desde a infância, entrou na vida adulta conciliando a jornada de mãe solteira com a de inventora e tanto fez que tornou-se uma das empreendedoras de maior sucesso dos Estados Unidos.
O diretor David O Russel imprime uma estética bem característica, com certa “tinta forte” nos personagens, seja em penteados, trejeitos ou até na forma de edição mais linear e bem explicada. Estética essa que Jennifer Lawrence parece estar totalmente habituada (a atriz está em seu terceiro filme com o diretor).
O Primeiro ato de Joy: O Nome do Sucesso tem ritmo e faz uma apresentação bastante competente da vida de Joy e seus percaussos (principalmente no que diz respeito a família problemática).
O surgimento da ideia “milionária” de Joy parece um pouco fantasiado, e não há como negar que funciona bem na narrativa.
A verdade é que a ideia do tal esfregão que não precisa ser torcido demora bastante para se tornar realmente um sucesso, e a plot está mais focada justamente nos problemas que a protagonista enfrenta para fazer a ideia emplacar. Até conhecer e convecer um chefão de um daqueles canais de venda pela tv, super populares no início dos anos 90, e conseguir uma possibilidade real de vender seu produto.
O elenco de peso tem entregas interessantes com destaque para o mestre Robert De Niro, que apesar de fazer uma releitura de alguns personagens que já interpretou, o faz com a qualidade de sempre. Jennifer Lawrence ganhou indicação ao Oscar pelo personagem, e faz realmente um bom trabalho, mas é isso, nada acima da média, porém a moça de fato conquistou os corações hollywoodianos, então não ache estranho se ela levar seu segundo Oscar pra casa (apesar de ter trabalhos melhores esse ano).
O drama da personagem é convincente, até a última parte, quando o filme se perde no tempo aparentemente apertado e começa a correr com os acontecimentos, deixando algumas pontas soltas e perguntas importantes sem resposta. Joy: O Nome do Sucesso mostra uma solução romanceada para o grande problema de Joy no longa e já pula para o sucesso da personagem ao mostrar uma empresária feita, num clima “estranho”, momento em que até a direção de arte e a fotografia mudam, um ato final que destoa do restante do filme.
Enfim, Joy: O Nome do Sucesso, apesar de competente, sofre com certa frieza, falta um pouco de “coração” para nos aproximar de Joy e causar o impacto de outras histórias marcantes com o mot “lição de vida” como À Procura da Felicidade e outros. Por isso o filme funciona melhor como comédia dramática, e por esse caminho vai muito bem. Confira nossa Chuck Nota logo abaixo.