Angelina Jolie retorna aos grandes filmes para discutir família em meio a fantasia do mundo de Malévola.
Em “Malévola: Dona do Mal“, continuação do sucesso de 2014, Malévola e sua afilhada Aurora começam a questionar os complexos laços familiares que as prendem à medida que são puxadas em direções diferentes por casamentos, aliados inesperados e novas forças sombrias em jogo.
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O filme tenta contornar a natural desconfiança sobre a continuação, através de uma premissa básica. O “telefone sem fio” sobre a história de Malévola a transformou numa vilã novamente (pelo menos na mente dos humanos) e daí pra frente, é preciso se aprofundar tanto nos novos confrontos, como no passado misterioso de Malévola.
Visualmente “Malévola: Dona do Mal” está inacreditavelmente bem resolvido. Você consegue enxergar a evolução nos já muito bons efeitos utilizados em 2014. Não só pela qualidade dos efeitos, mas pela criatividade da equipe de design de produção, que trabalha o lúdico com certo “realismo” como poucos filmes recentes. Eles aproveitam para inserir algumas criaturas realmente carismáticas em termos de design, ainda que não tenham muita importância para o enredo.
Algumas das poucas batalhas de “Malévola: Dona do Mal” (como já mostrado no trailer) são basicamente feitas em animação, o que muitas vezes pode dar a impressão de um vídeo game nas telas, distanciando-se do realismo das maquiagens das criaturas da raça de Malévola.
Longe de grandes blockbusters há pelo menos 10 anos (“O Procurado”??) e prestes a embarcar no universo da Marvel, Angelina Jolie retorna de forma hipnótica para uma de suas personagens mais famosas. Me arriscaria a dizer, que esse é um daqueles raros casos em que ator e personagem parecem ter nascido um para o outro (Johnny Deep – Sparrow, Robert Downey Jr – Tony Stark ). Sempre exuberante e carismática, Jolie abusa da ironia e da falta de trato da criatura para fazer um humor muito próprio, Algo que funciona até melhor que o lado mal do personagem em si.Angelina ainda conta com um ótimo sidekick, que faz a escada para as piadas. É Sam Riley (Diaval), o fiel escudeiro da “vilã”.
Elle Fanning como a “Bela Adormecida” Aurora, passa o filme inteiro com cara choro e pedindo para Malévola não fazer algo, numa chatice sem limites, típica das princesas antigas. Um clichê que a veterana Michelle Pfeifer sabe aproveitar melhor, uma ótima adição, por sinal. Pfeifer busca o que há de mais clássico nas vilãs de conto de fadas e não tem vergonha de brincar com isso, explicar planos e etc.
O lado ruim disso, é que “Malévola: Dona do Mal” tem roteiro extremamente previsível, talvez até para as crianças que são seu público principal.
Enfim, “Malévola: Dona do Mal“, é um filme bonito com mensagens interessantes sobre aceitação e até racismo. Também coloca algumas interrogações sobre os laços familiares e a força deles, como já havia feito no primeiro. Mas de forma alguma, se desprende do gênero fantasia para se aprofundar nesses assuntos, o que faz bem para a produção. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota”, logo abaixo.