“Annabelle 3: De Volta Para Casa” é festival de novos “amigos” para a boneca
Em “Annabelle 3 – De Volta Pra Casa”, quando Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) deixam sua casa durante um fim de semana, a filha do casal, a pequena Judy Warren (McKenna Grace), é deixada aos cuidados de sua babá (Madison Iseman). Mas as duas entram em perigo quando a maligna boneca Annabelle, aproveitando que os investigadores paranormais estão fora de jogo, anima os letais e aterrorizantes objetos contidos na Sala dos Artefatos dos Warren.
Veja também:
Entenda as categorias do Oscar
Confira nossa crítica de Toy Story 4
10 Mitos e Verdades sobre Annabelle
A franquia “Invocação do Mal” é definitivamente uma fábrica de fazer dinheiro, e isso se deve não só pelos sustos bem arquitetados e com bom entretenimento, mas também pelas diversas e criativas entidades apresentadas pelo casal paranormal. Algumas delas como a “Freira” e a “Chorona”, já tiveram seus momentos solo no cinema, mas definitivamente, nenhuma conquistou tanto o público quanto Annabelle.
A terceira jornada solo da boneca começa com o casal levando-a de volta para casa. E ao contrário do que parece, tanto o casal Lorraine e Ed, quanto a própria boneca, são coadjuvantes na história.
O filme desde muito cedo, começa a se apresentar como uma plataforma para futuros spin – offs da franquia, com Annabelle sendo o fio condutor.
“AnnaBelle 3 – De Volta pra Casa”, tem a ideia interessante de explorar a sala de artefatos “amaldiçoados” do casal, porém, com um desenrolar bastante conveniente, em pouco tempo vemos diversas entidades, dos mais diferentes formatos. Algo que parece ser um “teste” de popularidade entre elas, para ver qual se sai melhor num filme futuro.
Para que tudo isso aconteça, o roteiro é no mínimo ingenuo. Os personagens são inconsequentes, e facilitam todos os desdobramentos do enredo. Chega ao ponto de uma personagem dizer muito claramente o que pretende fazer e mesmo assim, não encontrar qualquer obstáculo. Bem como, esse estilo seguido pelo roteiro, torna o filme mais previsível do que o necessário.
Não fica muito explicado como funciona o poder da entidade de Annabelle sobre os outros objetos, que aparentemente só se manifestam em sua presença. O filme também tenta trabalhar um pouco como a vida do casal Warren afeta sua filha, com preconceito, pressão e etc. Mas não é o objetivo principal, então rapidamente eles esquecem a situação e resolvem tudo com um piscar de olhos.
O diretor Gary Dauberman, um dos principais responsáveis por escrever os spin off da franquia “Invocação do Mal”, tenta seguir seu mentor James Wan com alguns bons relances de criatividade. Gary trabalha praticamente um mono cenário, com o filme todo se passando na casa. É muito difícil fugir de alguns clichês desse tipo de longa. São raras as cenas que tentam algo diferente, como a que câmera grava como se estivesse percorrendo o teto, transformando os corredores da casa em um labirinto.
“Annabelle 3 – De Volta para Casa”, também é o filme mais “adolescente” da franquia. Fato reforçado pela escolha de protagonistas mais jovens. Aparentemente a filha dos Warren pode se tornar também uma figura a ser explorada no futuro. O próprio casal Warren, faz apenas participações especiais no longa.
A menina Mckenna Grace (“Eu, Tonya”) é uma ótima surpresa no filme, e com a construção da personagem como paranormal, ela pode tranquilamente se tornar figura central de outros filmes, e com méritos já que é carismática sem precisar ser aquela criança assustadora que tomou conta do gênero.
Enfim, “Annabelle 3 – De Volta para Casa”, por incrível que pareça, é um filme que oferece mais entretenimento do que sustos. Um tipo de “Goosebumps”, cheio de monstros, fantasmas, referências, mas sem muita urgência ou perigo trazido por eles.
Confira o trailer e nossa “Chuck Nota” logo abaixo.
OBS: O Filme não tem cena pós créditos