Parque do Inferno é uma mistura, nem sempre eficiente, de “As Noite do Terror” do Playcenter com o “Uma Noite de Crime”.
Em “Parque do Inferno”, durante a noite de Halloween, um grupo de amigos começa a ser perseguido por um assassino mascarado em um parque de diversões temático. O mais terrível é que todas as atrocidades cometidas pelo criminoso são praticadas na frente do público alienado presente no local. Eles acreditam que tudo faz parte do “show”, ignorando os pedidos de socorro dos jovens.
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Já num primeiro momento, o filme não faz questão de esconder que só existe um perigo real no tal parque, o serial killer, um ser isolado. Todo o resto é uma distração para os personagens e, deveria ser, para o público também. Não é bem o caso.
Parque do Inferno vai longe nos “jump scares” pra tentar colocar o público no clima do parque, mas a única coisa que consegue é mostrar como reagem um bando de universitários extremamente bobos, diante das atrações. Por essas e outras, os artifícios que parecem ser os grandes trunfos do filme, em pouco tempo deixam de funcionar (considerando que cheguem a funcionar em algum momento), como a sensação de labirinto que tentam empregar em varias cenas.
Os personagens são muito mal construídos e pouco carismáticos, seja por problemas de direção, ou do próprio elenco, bastante fraco (o que não é anormal para esse tipo de longa). Soma-se a isso diálogos ruins de fazer o roteirista da Malhação dar umas risadas. No nivel “- fulano sumiu, estou preocupada / Ah fica tranquila, ele deve ter ido fazer cocô “… Rs
O medo demora a tomar conta dos jovens, que naturalmente não querem levar o contexto do parque a sério. Uma decisão acertada, que funcionaria melhor se o assassino fosse mais “ativo” na noite aterrorizante, e talvez se a aposta no humor negro fosse mais clara.
Visualmente, o filme cumpre seus objetivos, é exatamente a proposta do parque, uma atração de terror bem fantasiosa. Boas maquiagens, variedade de Figurinos e peças de cena.
“Parque de do Inferno”, tenta não se aprofundar nas motivações do Serial Killer, e isso tem um lado bom e um ruim. O serial killer em si, não costuma ser uma figura muito racional. Então, não tentar justificá-lo, dá mais espaço para que ele faça coisas inesperadas, o que é ótimo pra esse gênero. Por outro lado, o filme também parece despreocupado em fechar um arco simples do vilão. Uma regra básica, é que se não sabemos onde eles vão parar, pelo menos temos certeza de onde eles começam, e o filme não trabalha bem isso. Assim como as vezes dá uma impressão inexplicável de poderes sobrenaturais ao vilão.
A montagem e direção de Gregory Plotkin (montador de “Corra! ” e “A Morte te Dá Parabéns”) não foge muito de seus trabalhos anteriores, propositalmente, as vezes com ritmo de vídeo clipe, ou com cortes secos pra dar um ar de estranheza. A trilha sonora é pouco explorada, o que poderia ser uma ajuda e tanto para um filme quz carece tanto de suspense.
Enfim, “Parque do Inferno”, tem alvos certos de público e parece se propor a ser uma diversão rápida, para devoradores de filmes de terror com cenas fortes de morte. Mas falha, “horrorosamente”, em criar clima, em nos deixar interessados no que eles provavelmente sonharam que seria um novo Jason ou Michael Myers. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota”, logo abaixo. Obs: Não tem cena pós créditos.