Insosso e mal acabado, Slender Man: Pesadelo Sem Rosto é mais um terror adolescente para quem está a passeio no shopping
Em uma pequena cidade do Massachusetts, quatro estudantes executam um ritual na tentativa de desbancar a lenda do Slender Man. Mas quando uma delas desaparece misteriosamente, as outras começam a suspeitar que ela na verdade é mais uma das vítimas dele.
O conto do tal Slender Man surgiu anos atrás num fórum de internet sobre montagens assustadoras. Com a fama, o “monstro” foi promovido a lenda urbana, repleto de histórias que o trouxeram até esse filme.
Porém, infelizmente, “Slender Man: Pesadelo Sem Rosto”, é mal escrito e parece ter sido feito com o único objetivo de aproveitar uma brecha de terror nos calendários.
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Diante de um trabalho sonoro de qualidade, o filme até consegue criar tensão e certa inquietação. No entanto, sem soluções criativas e uma trama com problemas de edição que saem deixando pontas para trás, ele não tem a força necessária para proporcionar aquele efeito que te leva a “ponta da cadeira”.
Temos aqui um roteiro que não tenta se desvencilhar dos clichês por nenhum minuto, ou utilizá-los de forma mais inteligente como em filmes do tipo “Invocação do Mal” (cada vez mais, acima dos outros filmes de terror recentes). No máximo, há algumas brincadeiras com as gadgets atuais para modernizar o tema.
O roteiro joga cenas adolescentes em meio a tecnologia para forçar um diálogo inconsistente, que definitivamente não funciona. O fraco elenco, liderado por Joey King (“Invocação do Mal”), tem bastante dificuldade de trazer credibilidade aos textos. Pelo contrário, até conseguem arrancar risos em momentos que deveriam ser assustadores, o que sem dúvidas, é um problema para um filme de terror. A falta de carisma do elenco e qualidade de direção, também tira qualquer possibilidade de que você se importe com os personagens.
Pense em como você realmente se importava com aqueles garotos em “It- A Coisa”, e como era preocupante saber que o palhaço assassino iria tentar matá-los. Agora pense em todo esse sentimento ao contrário, por vezes você até torce para que certos personagens sumam da história em Slender Man.
A ameaça que dá nome ao filme, o “Slender Man”, definitivamente não se mostra uma ameaça. O monstro parece ter saído de alguma daquelas adaptações de animês japonesas. Os efeitos visuais são assustadoramente ruins, dão a impressão de terem sido feitos para um filme de duas décadas atrás. É impressionante que nesse momento de tanto acesso a tecnologia um filme profissional apresente esse nível de trabalho. As maquiagens também não ficam para trás (de forma negativa).
Enfim, já longe do auge de sua lenda e com uma produção no mínimo preguiçosa, “Slender Man: Pesadelo Sem Rosto” é maçante e distorce quaisquer expectativas, enquanto tenta mostrar suas armas para assustar. Fica a impressão de que deram dinheiro para os próprios internautas do fórum fazerem o filme. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota”, logo abaixo.