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Meu Ex é Um Espião traz um festival piadas questionáveis para falar de espionagem

Em “Meu Ex é Um Espião”, Audrey (Mila Kunis) está desiludida com o término do namoro com Drew (Justin Theroux). O namorado a dispensou através de uma mensagem de celular. Mas o que ela não sabe é que o agora ex-namorado é também um agente secreto.  Após receber o apoio moral de sua melhor amiga, Morgan (Kate McKinnon), Audrey é surpreendida com o súbito reaparecimento de Drew, após ameaçar queimar seus pertences. Por outro lado, logo ambas estão também envolvidas em uma trama de espionagem, precisando ir às pressas para Viena, na Áustria.

O filme, desde o início, se propõe a ser uma mistura de sátira com homenagem aos longas de espionagem. Dessa forma, traz uma ou outra boa ideia, mas que não conseguem se efetivar tão bem em forma de risadas.

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As referências vão desde as viagens de aventura de James Bond até, “sua missão é, caso você aceite…” de  Missão: Impossível.  Da mesma forma que viaja por referências o filme tenta conectar um estilo historicamente masculino ao universo feminino. Tudo isso através do clichês de amizade, principalmente.

A principio, a comédia tem uma proposta feminista. Mas no fim, acaba por dar um tiro no próprio pé.  Definitivamente, coloca as mulheres como atrapalhadas e com pouca capacidade de se defender (sempre dependendo ou em busca de, adivinhe quem?? Homens rsrs ). Muitas vezes em cena s sem qualquer lógica. Tais como o encontro da personagem de Mila Kunis com o agente “Ethan” (referência a Missão Impossível), ou como a longa sequência que mostra a dificuldade das mulheres dirigirem um carro manual (feministas acendendo tochas nesse momento rs).

Cena de Meu Ex É Um Espião
Mila Kunis e Kate McKninnon entrando para o mundo da espionagem

O roteiro é um festival de furos e o principal deles, é o que deveria ser o plot twist de “Meu Ex é Um Espião”. Situações são criadas sem qualquer explicação, para encorpar a ação. Não que isso seja difícil de se ver em filmes do 007. No entanto, faz mais sentido dentro daquele universo. Ainda mais que a proposta do filme é a comédia, e ele não se entrega totalmente a galhofa que talvez tivesse sido positiva nesse contexto.

Milla Kunis continua tendo um ótimo agente, pois não faz um filme interessante desde de “Cisne Negro”, mas continua sempre em alta. Aqui ela não funciona bem em nenhum aspecto, e assim como o filme, também não se entrega totalmente a brincadeira. Ao contrário dela, porém, a comediante Kate McKinnon já mergulha até demais. Novamente, como em Caça – Fantasmas, mostra que ainda não conseguiu adaptar sua comédia de TV para o “time” do cinema. Sua personagem é igualmente fora de tom,  chegando ao ponto de apelar para piadas de flatulência daquelas que os Trapalhões faziam.

Enfim, “Meu Ex é Um Espião”, porém, ainda pode ostentar algumas sequências bem ruins de ação. Cenas que são picotadas e mal coreografadas, além de uma interminável sequência de reviravoltas no final. Surgido de uma ideia interessante, “Meu Ex é Um Espião” é um festival de trapalhadas, mal comandadas por Susanna Fogel, que deveria ter assistido filmes como “As Bem Armadas”, para entender como organizar as ideias em uma sátira. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota”,  logo abaixo.

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