Dwyane Johnson brinca de herói anos 80 com Arranha-Céu: Coragem sem Limites
Em “Arranha-Céu: Coragem sem Limites”, durante uma operação na China, Sawyer (Dwayne Johnson) encontra o mais seguro e alto dos prédios, mas após um incêndio é acusado injustamente. O agente precisará encontrar os responsáveis pelo incêndio e, de alguma forma, limpar seu nome e resgatar sua família que está presa no edifício.
Apesar do visual futurista do tal prédio, o filme não esconde sua simplicidade oitentista. Arranha- Céu, se deixa entregar aos clichês que o próprio Dwayne “The Rock” Johnson tanto gosta. Aqui, literalmente, com uma perna só, o simpático grandalhão vive o clássico action hero.
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A comparação com “Duro de Matar” é inevitável. Arranha-Céu claramente bebe dessa fonte. Desde a claustrofobia até o uso da polícia em segundo plano. Aliás, polícia que tem a participação de Byron Mann, o Ryu do clássico “Street Fighter” com o Jean Claude Van Damme pensou que a gente tinha esquecido, não é Byron? rs
No entanto, o filme parece assumir e compreender que talvez as comparações o prejudiquem. Por isso, o diretor tenta encontrar uma série de referências e alternativas para se desgarrar do antecessor. Rawson Marshall Thurber (“Com a Bola Toda”), deixa a desejar em muitos aspectos da direção. Mas claramente sabe dar vazão a dois motores essenciais ao filme, o desprendimento da realidade e o carisma de Dwayne Johnson.
Entre as referências usadas está a mais óbvia, a de Bruce Lee. A cena envolve novamente um conjunto de espelhos, efeito reproduzido recentemente em John Wick, que ainda soa bastante atual para dar dinamismo a ação. Ainda assim, falta ao filme explorar algo que realmente desperta curiosidade logo de cara, a estrutura do super prédio. Vemos pouco dos ambientes diferentes do prédio ou o que ele é capaz de produzir.
As motivações dos vilões do filme são bastante simplificadas. Ao ponto de até não ficarem muito claras em determinado momento. A verdade é que há uma certa preguiça na construção dos antagonistas, que são caricatos e tem um ar pouco original. Assim como os coadjuvantes, eles sofrem com o “tamanho” do protagonista.
A parte técnica de “Arranha-Céu: Coragem sem Limites”, por outro lado, traz algumas boas surpresas. Ótimos efeitos visuais na concepção do prédio, juntamente com a interação. O prédio tem um ar meio “Jetsons”, que mesmo assim, fica bastante orgânico, sem evidenciar o fundo verde. Outro ponto alto do longa, são as coreografias de luta corpo a corpo. Algo que não costuma ser o forte de filmes do The Rock. Bem captadas e com um estilo mais realista, elas acrescentam “desespero” ao filme. A edição e mixagem de som também estão dignas dos grandes filmes que concorrem ao Oscar. O áudio traz ótimas texturas as lutas, enquanto a trilha sonora é bem eficiente para os maiores “clímax” do longa.
Enfim, a solução de roteiro para “Arranha-Céu: Coragem sem Limites”, é tão simples que chega a virar piada interna no longa. Mas, o que realmente faz a diferença, é que o The Rock tem uma magnetização inexplicável. A um nível que faz você comprar a história do homem de uma perna só, que consegue, dar um salto olímpico de um guindaste para um prédio em chamas. Você não acredita que um cara comum conseguiria, mas Dwayne Johnson, te faz no mínimo torcer para que ele consiga. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota”, logo abaixo.