Jackie Chan volta aos cinemas brasileiros (muitos de seus filmes não tem chegado por aqui), para apresentar uma trama de vingança clássica, que funciona muito bem… quando está focada nessa vingança…
No filme, Quan (Jackie Chan) é dono de um típico restaurante chinês em Londres, capital da Inglaterra. Após um misterioso ataque de um grupo de terroristas irlandeses a uma loja em que sua filha estava, ele tem sua vida e família devastadas. Sem muito apoio da polícia local, ele vai buscar vingança com suas próprias mãos.
O roteiro parte de uma premissa não muito nova, mas que os fãs de ação gostam, e, principalmente, que não estamos acostumado a ver Jackie Chan se envolver. O longa é bastante redondo quando se mantém concentrado na plot principal, uma vingança pura e simples com Jackie Chan ao melhor estilo “Rambo”, que aliás tem uma referência quase direta com as habilidades militares do personagem de Chan em plena floresta, montando uma série de armadilhas para os azarados inimigos, o típico “exército de um homem só”.
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Após a metade do longa, surgem muitas sub tramas inúteis de politica e relacionamentos pessoais que não acrescentam nada ao filme e ainda tiram o ritmo dele, assim como uma seleção de cenas sem muita lógica, que nos tiram a concentração. Essas sub-tramas também impedem que você se aprofunde no passado de Quan, que vem de forma muito óbvia e rápida para nos explicar as habilidades do personagem, única e simplesmente.
Como de costume as coreografias são boas e Jackie Chan as executa com perfeição, sempre num esforço físico muito dele, o veterano astro ainda se dedica a cenas bastante impressionantes para qualquer idade (Jackie está com 63 anos).
A fotografia das lutas, principalmente, é competente, mas existem alguns “deslizes” na edição de som, no que diz respeito ao quanto eles parecem reais, o que poderia melhorar a imersão na ação.
Pode se dizer que é uma das melhores atuações de Jackie Chan. O ator está envelhecido propositalmente para dar uma impressão de cansaço, de sofrimento por todas as suas amarguras, o astro também consegue trazer isso nas expressões e na postura de Quan.
A participação de Pierce Brosnan é repleta de clichês, e o antigo James Bond mantém aquela “canastrice” que nós já conhecemos da carreira, não atrapalha o filme, mas não é o melhor dos vilões para compor a trama também, assim como
Enfim, “O Estrangeiro” é uma bem – vinda novidade na carreira de Jackie Chan, sem fugir totalmente da ação, mas deixando ela mais crua, aceitando o tempo como algo natural, diminuindo o ritmo. É um tipo de “Busca Implacável”, caminho para continuarmos vendo Chan nas telonas, que é o que realmente faz a diferença nessa filme. Confira o trailer e nosso “Chuck Nota”, logo abaixo…