O longa sobre a tragédia russa estrelado por Léa Seydoux e Colin Firth, chega aos cinemas essa semana
Em primeiro lugar, vamos fazer um breve resumo sobre o caso do submarino “Kursk”. Uma da primeiras embarcações finalizadas após o fim do período da União Soviética, o Kursk era um dos submarinos mais modernos da Rússia, que afundou após um incidente com o lançamento de um torpedo que explodiu a proa da embarcação. O filme “Kursk – A Última Missão” mostra alguns dos momentos mais documentados sobre o caso. Apesar de ser um história real, fica o alerta… SPOILERS À FRENTE.
1 – A Rússia não estava preparada para agir no incidente
Um dos fatos mais incômodos retratados pelo filme dirigido por Thomas Vinterberg, foi o despreparo do exército da Rússia para o resgate. As autoridades russas chegaram a relativizar o problema enquanto ganhavam tempo para um resgate para o qual eles não tinham equipamentos suficientes. Toda a ação por parte da Rússia levou dias.
2 – A Rússia negou ajuda internacional
Afim de proteger seus segredos militares e evitar a “humilhação” de admitir internacionalmente que não tinha equipamentos para o resgate, a Rússia, negou as ofertas de ajuda internacional durante dias. Inclusive, até hoje, há uma divergência sobre o tempo que os marinheiros teriam sobrevivido no submarino. A Rússia oficialmente diz que eles sobreviveram por no máximo 6 horas. Já os estudos dizem que houveram sinais sonoros de sobreviventes por 48h e eles teriam sobrevido por até 3 dias (essa segunda é a linha que o filme “Kursk – A Última Missão” segue).
3 – Tripulação pouco experiente
Na tentativa de mostrar alguma ação e tentar criar o clímax mais heroico (que não funciona tão bem, na verdade). O filme aborda pouco, mas deixa pistas sobre esse fato. A tripulação do submarino, de forma geral, era pouco experiente e tinha deficiências no treinamento, por causa de cortes orçamentários na marinha.
4 – Cartas das profundezas
Um dos oficiais deixou duas cartas redigidas de dentro do próprio submarino já afundado. No filme, porém, o teor dessas cartas escritas por um personagem fictício, é aparentemente diferente, e mais voltado para o emocional do que as cartas reais, que falavam sobre o incidente em si.
5 – A chegada
Sem dúvida, apesar de conhecermos o final da história, esse é um dos momentos mais marcantes do longa. Depois de 4 dias, a marinha russa permitiu que noruegueses e ingleses participassem do resgate (eles levaram menos de um dia para entrar no submarino). O clímax do filme retrata uma realidade muito parecida com a retratada pelos soldados estrangeiros. Ao abrir a escotilha, eles encontraram todos os compartimentos já inundados e portanto, já era tarde demais para encontrar sobreviventes…
Fontes: telegraph.com; nytimes.com; oglobo.com; Canal – Hoje No Mundo Militar