O novelão do espaço
E o ano de 2019 trouxe a conclusão da saga clássica de Star Wars, sim é o fim da jornada iniciada por Luke, Han e Leia lá nos anos 70. E quem carrega a responsabilidade de encerrar tudo isso é um trio (quarteto se contar o vilão) de jovens tão carismáticos quanto confusos.
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Um fato era garantido, não existia forma de agradar a maioria dos fãs de Star Wars, qualquer que fosse o final, assim como aconteceu em Game of Thrones (que chutou o balde também, convenhamos rs).
O que vemos de início é uma Leia frágil, com uma mistura de trechos de gravações da Carrie Fisher (já falecida) e alguns inserts de C.G.I. Rey cada vez mais poderosa e ausente, como até chegam a reclamar no início do filme. E a dupla Paul e Finn circulando ao redor da história, sem que haja muita preocupação em fechar seus arcos. O trio é muito empático, sempre nos faz entrar na ação, mas a repetição de atitudes cansa.
Nada que se compare ao insuportável, Kylo Ren, um dos personagens mais mal desenvolvidos da história do cinema. Ele que surge interessante em “O Despertar da Força” encerra sua jornada forma insatisfatória e ainda estragando um pouco do legado de Darth Vader e dos Sith. Kylo além de extremamente indeciso, parece ficar menos inteligente e poderoso de acordo com as necessidades do roteiro. É impressionante como ele por vezes descobre a Rey com tanta facilidade, e em outras, tem que mobilizar um exército para isso.
Há uma preocupação muito clara do J.J Abrams (“Star Trek”) em responder teorias de fórum de fãs, ao invés de amarrar seu final. Fato é, que o artificio “Luke, eu sou seu pai” funcionava muito melhor há quarenta anos atrás do que sua nova versão em 2019. E muitas perguntas que não precisavam de resposta ganham uma, enquanto o que faria sentido para a história não é respondido. Assim o longa também acaba perdendo muito em ritmo.
O filme ignora completamente algumas ideias de “Os Últimos Jedi”, dando a impressão de que se pudesse simplesmente apagá-lo, J.J o teria feito.
A mixagem de som é o melhor ponto de “Star Wars: A Ascensão Skywalker”, é impressionante o realismo dos sons naturais e o impacto que os clássicos sabre de luz causam durante as batalhas. Comentar os efeitos visuais de Star Wars também costuma ser “chover no molhado” e, exceto por uma rápida cena rejuvenescimento, estão impecáveis. E não podemos deixar de fora a lindíssima e sempre competente trilha de John Williams.
A ação em si, entrega o que estamos acostumados. Aventura genuína, quase um parque de diversões no cinema (calma Scorsese rs), principalmente nas batalhas espaciais, é sempre um espetáculo a parte.
Ao contrário do ótimo “O Despertar da Força” esse filme não tem peso, ele tira completamente a carga da morte (quando ela realmente acontece), cheio de truques de nostalgia para dar esperança aos fãs. “Star Wars – A Ascensão Skywalker” precisa acelerar perigosamente para finalizar sua história na parte final, deixando tudo que pode pelo caminho. Quem sabe venham séries no Disney + para responder (ou simplesmente esquecer de vez).
Enfim, “Star Wars – A Ascensão Skywalker” (título que você vai passar muito tempo sem entender também), parece ter tido partes escritas por autores de novela mexicana, com pitadas de “chove não molha”, ao melhor estilo Dragon Ball. Certamente, muita gente quer gostar desse filme, é quase uma obrigação inconsciente, Star Wars é um despertador de emoções… mas a verdade é que poucos conseguirão realmente … Confira nossa “Chuck Nota” logo abaixo.
OBS: O filme não tem cena pós créditos.