Sinopse: Em “Toy Story 4”, Woody sempre teve certeza sobre o seu lugar no mundo e que sua prioridade é cuidar de sua criança, seja o Andy ou a Bonnie. Mas quando Bonnie adiciona um relutante novo brinquedo chamado Garfinho ao seu quarto, uma aventura na estrada ao lado de velhos e novos amigos mostrará a Woody quão grande o mundo pode ser para um brinquedo.
Motivos:
1 – Eles conseguiram melhorar ainda mais a “Técnica de animação”
Nos últimos tempos, principalmente quando o assunto é Pixar, parece improvável se ver grandes evoluções técnicas, tamanha a qualidade que já vimos. Mas nunca duvide da Disney/ Pixar. Com pouquíssimos minutos de filme, o elemento que mais me chamou atenção, foi a animação em si. Confesso que mal consegui prestar atenção no desenrolar da primeira cena, tamanha a perfeição que vi ali.
O “realismo” impressiona ao ponto (talvez proposital), dos humanos parecem as figuras mais caricatas e vindas da imaginação de alguém e não os brinquedos. As texturas são algo inexplicável, seja no plástico e borracha que compõem a maior parte dos brinquedos, na beleza de uma cena de chuva ou no “simples” asfalto de uma auto estrada, que é ridiculamente real.
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2 – Toy Story 4 não é só um caça níquel da Franquia
Se você, assim como eu, pensou que não havia necessidade de um novo filme de Toy Story depois daquele épico final do terceiro, acredite, estávamos errados. Eles encontraram o que contar, uma nova história que faz todo o sentido para a franquia.
Bem como um novo caminho que, talvez, tenha culminado (agora sim), no verdadeiro arco dos personagens principais. Toy Story 4 tinha o que dizer e diz bem, afinal.
3 – Melhor do que muita consultoria de “coaching” por aí…
A trilogia Toy Story colocou um nó na garganta de muita gente, ao ponto de ter seu terceiro filme indicado a melhor filme do ANO, no Oscar 2011. Tudo por causa da forma estranhamente competente com que conseguiram inserir na vida dos brinquedos, lições de humanidade. Com esse quarto filme não é diferente, ele pega aquele conceito de mudanças na vida, iniciado em “Toy Story 3” e eleva a décima potência. “Toy Story 4” é uma lição sobre como a vida é mutável, e como as mudanças te atingem, você queira ou não. Mas, principalmente, ensina que é preciso entender seu lugar e objetivo no mundo, e que se auto aceitar, ajuda a entender quem de fato irá te aceitar como você é, ou está.
4 – Pessoas pequenas e grandes, convivendo em harmonia
Se você é um solteirão ou solteirona e tudo isso que falei te encheu de vontade de ver o filme, saiba que irá encontrar crianças nas sessões, sim, muitas delas, e isso é ótimo. “Toy Story 4” tem tudo que precisa para mexer com a mente dos adultos, inclusive, referências engraçadíssimas de filmes e livros de terror. Mas é um filme que funciona demais para as crianças, também. A qualidade da animação, o carisma dos personagens, a diversão que ele propõe. A harmonia perfeita para introduzir a sétima arte na vida das crianças. Crianças essas que nesse caso, também são o principal sustento da franquia (afinal, são elas que saem do filme querendo comprar tudo do Toy Story, e realmente dão lucro a esse tipo de filme, e não o simples ingresso da bilheteria).
5 – Um novo Mundo e novas Personalidades
Todos vão assistir Toy Story esperando por Woody e Buzz, mas nesse novo filme, personagens são introduzidos e cada um deles ganha muita importância com o decorrer do filme. Na verdade, dos personagens antigos, o único que se mantém efetivamente como protagonista é Woody. Os outros todos tem espaço reduzido (incluindo Buzz), em pró de novas experiências na franquia. O “garfinho” é obviamente a maior adição, já que boa parte da história gira em torno dele. Este um personagem desconcertante, cheio de imperfeições físicas, que descobre com o passar do filme, que pode ter uma vida diferente do que seu destino indicaria (profundo para um garfo plastico, não? Isso é Pixar). O texto ficaria realmente longo se fosse falar da humanidade de cada personagem, mas acredite, todos os brinquedos tem um background invejável para muitos (repito, muitos), filmes adultos e live action. Também fica implícito uma tentativa (bem sucedida), de dar mais espaço para as meninas. Sem estereótipos ou regras para a imaginação das crianças.
OBS: O filme não tem cena pós créditos, mas tem ao menos três cenas em intervalos dos créditos, todas muito boas. Vale a pena esperar.
Dica: Para quem quer/precisa maratonar a trilogia Toy Story, sem apelar para a pirataria (que não apoiamos) uma opção pode ser Telecine Play . O serviço tem os 3 filmes e um preço bem acessível (menos do que se gasta com UM ingresso de cinema aqui em São Paulo).
Mais informações: https://telecineplay.com.br