Crimes Obscuros é Jim Carrey em um dos piores filmes de sua carreira
O policial Tadek investiga um caso de assassinato não resolvido e encontra semelhanças do crime em um livro do artista polonês Krystov Kozlow. Ele começa a investigar a vida do escritor e da sua namorada, uma mulher misteriosa que trabalha em um clube de sexo. Sua obsessão aumenta e Tadek fica cada vez mais atormentado, adentrando um submundo de sexo, mentiras e corrupção.
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É incorreto dizer que Jim Carrey é apenas um comediante e nada mais. O astro já mostrou em trabalhos como o “Show De Truman”, “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” e “O Mundo de Andy” que tem versatilidade para fugir do esteriótipo “careteiro” dos anos 90 (não que tenhamos algo contra isso, pelo contrário).
Porém, “Crimes Obscuros”, com certeza não é o filme certo para se ver essas outras facetas de Jim. Sem qualquer momento de descontração, o longa busca o extremo do lado mais depressivo de Jim Carrey. Mas por problemas que não são apenas do ator, certamente não alcança o objetivo.
Com uma edição extremamente confusa, cheia de cortes brutos e que quebram o ritmo da história, “Crimes Obscuros” acaba por esconder muitos pontos importantes para gerar interesse. O mais visível, é a falta de background de Tadek (Jim Carrey). O personagem parece ter traumas e histórias não cicatrizadas, que ajudariam a explicar seu comportamento, porém, a omissão disso no filme, deixa apenas a impressão de vermos um protagonista mal desenvolvido e sem motivações.
O roteiro investigativo (ao lado do próprio Carrey), deveria ser o centro de “Crimes Obscuros”. No entanto, o longa já começa pulando etapas. É como se já tivessem acontecido pelo menos 30 minutos de filme, antes do que é mostrado. Daí pra frente, o desvendar do “mistério” soa tão previsível que faz o longa perder o sentido. Mesmo curto (1h30m mais ou menos), “Crimes Obscuros”, consegue de forma impressionante, se tornar cansativo.
Além de Jim Carrey, estão no elenco, Marton Csokas (“O Protetor”), também com um personagem extremamente mal desenvolvido, e Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”), que parece ter uma cláusula nos contratos para sempre fazer cena de sexo, e nesse filme, não é diferente. Apesar de tudo, Charlotte ainda tem a figura mais interessante e “completa” do filme.
Enfim, “Crimes Obscuros” é uma aposta ruim de Jim Carrey no gênero suspense, que não arranha seu currículo, mas certamente não acrescenta nada. Além de ser um poderoso sonífero para os fãs. Confira o trailer e nossa “Chuck Nota” logo abaixo.