Vingança à Sangue-Frio

Sinopse – Vingança à Sangue-Frio

Nels, um homem de família tranquilo, trabalhador e motorista de snowplow (limpa-neves), é a alma de uma deslumbrante cidade turística nas Montanhas Rochosas, porque é ele quem mantém limpas as estradas. Ele e sua esposa moram em uma confortável cabana longe dos turistas, e a cidade acaba de lhe conceder o prêmio de “Cidadão do Ano”. Mas Nels tem que deixar sua tranquila vida nas montanhas quando seu filho é morto por um poderoso traficante. Como um homem que não tem nada a perder, ele se deixa levar por um impulso de vingança.

Motivos

1 – O Humor mais frio que você verá

Também pode ser chamado de “humor negro”, mas o humor literalmente frio de “Vingança à Sangue-Frio”, é realmente daqueles de quebrar qualquer situação, por mais absurda que seja. A começar pela forma como o filme enumera as mortes como se fossem enunciados de games. Com uma trilha irônica e uma identidade visual muito própria. Fato que faz todos os momentos pós – violência ficarem estranhamente engraçados. Tudo em “Vingança À Sangue-Frio” é um pouco mórbido, eles lidam com naturalidade com a morte, às vezes como se fosse uma série temática.

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2 – Liam “Fu #$%” Neeson

Tudo que envolve o Liam Neeson se vingando fica bom rs. De novo, mexeram com a família dele, e ai o limpador de neve, aparentemente pacato, vira o “Batman do polo norte”. Fora desse esteriótipo de ação que Liam pegou, o irlândes é um excelente ator, como poucos no gênero. Liam consegue entregar um pouco mais do que o “chutador de traseiros” que brinca com sua idade, ele realmente demonstra raiva, confusão, e até  um tempo de humor incomum. É por essas e outras que ele começou a se dar tão bem como astro de ação, mesmo já depois de uma certa idade.

Filme com violência crua e criativa

“Vingança à Sangue-Frio” faz jus a seu nome, e não economiza no sangue para ilustrar a insana vingança do sr Coxman. Mas não há espetacularização, pelo contrário, o filme mostra trapalhadas e dificuldades do personagem de Liam Neeson. A verdade é que o nível de violência aumenta de acordo com a incapacidade dos personagens de executar as mortes conforme o planejado, e aí entra uma bela dose de criatividade.

Vingança À Sangue-Frio
Liam Neeson na espreita em “Vingança à Sangue-Frio”

O contraste é o segredo

Para tornar toda a violência mais eficiente em cenas, um segredo bem utilizado pela equipe do diretor norueguês Hans Petter Molan, é o contraste com a neve. Esse não é o primeiro filme do diretor que usa esse tipo de cenário (o que é justificável por seu país de origem), por isso o Hans tem boas sacadas de contraste. Principalmente do sangue com o cenário gelado, que torna o choque das cenas maior.

Curto e Grosso

Ainda que isso faça com que “Vingança à Sangue-Frio”, tenha alguns belos furos de roteiro, a clara intenção de objetividade do filme é um ponto positivo. É simples em seu ponto de partida  é simples em seu final, é simples em seu personagem principal. Apresenta o problema (uma morte inexplicada), desenvolve (a vingança de Coxman) e conclui (com as consequências do que o personagem de Liam iniciou). Às vezes é preciso dar valor a beleza da simplicidade, num mundo que não vive só de filmes complexos de Oscar (que já parece ter mudando um pouco seus conceitos).

OBS: O filme não tem cena pós – créditos