Durante a exibição desse filme na sede da distribuidora, aconteceu um momento curioso. Uma chuva forte, típica de São Paulo fez a luz acabar momentaneamente, nenhuma novidade, o curioso é que mesmo sem luz o áudio do filme continuou rodando (não me perguntem como rs), e aí “roubartilhando” a frase do colega jornalista que estava na fileira de trás “filme coreano tem pancadaria e tiro até quando não está sendo exibido” rs. Eu só complementaria, que o filme em cartaz, tem pancadaria e tiros… bons …
No filme, que foi parte de seleção oficial do Festival de Cannes, desde que era pequena, Sook-hee foi treinada para se tornar uma assassina sanguinária. Quando o chefe da Agência de Inteligência coreana oferece-se para recrutá-la como agente secreta, Sook-hee recebe uma segunda chance na vida: “Trabalhe por nós por 10 anos e você ganhará sua liberdade”. Sua nova identidade é como Chae Yeon-soo, de 27 anos e atriz de teatro. Para alguém que foi treinada para uma vida crimonosa, lidar com uma vida normal não é uma tarefa fácil. Então dois homens aparecem de repente em sua vida, e ela descobrirá os segredos de seu passado.
5 Motivos para assistir “A Vilã”
1 – Coreografias
Se tem uma verdade que você cresceu aprendendo e nunca vai mudar, é que os asiáticos sabem lutar. Não é atoa que algumas das melhores cenas de luta de Hollywood tiveram algum asiático por trás ajudando na coreografia. A diferença dos coreanos para os chineses é que o estilo de luta que eles empregam em seus filmes é bem menos “plástico” e “filosófico”, e sim mais voltado para a violência mesmo. Um prato cheio para quem gosta de uma ação crua, daqueles de sentir os golpes que o personagem está levando. As coreografias te fazem entender o peso das cenas, o perigo que os personagens correm.
2 – Uma carnificina estilosa
Numa mistura do hit da Indonésia, “The Raid”, com o estilo Quentin Tarantino, o diretor Jung Byung-gil (“Confissão de Assassinato”) apresenta uma sanguinolência estilosíssima, nem um pouco gratuita, extremamente bem contextualizada e justificável. Uma das grandes sacadas é que ao longo do roteiro, você realmente passa a entender melhor os tons de violência que ele apresenta.
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3 – Fotografia insana
Outro ponto crucial para um grande filme de artes marciais é a assertividade da fotografia, saber filmar as boas coreografias. É o que os grandes filmes de ação americanos desse ano como “John Wick 2” e “Atômica” apresentam, e é o que ” A Vilã” também tem de melhor. Cheio de planos sequências (ou simulações de plano sequência) e algumas emulações de vídeo game em primeira pessoa, que sinceramente eu nunca vi melhor em nenhuma adaptação de grandes títulos do mundo dos games no cinemas.
4 – Para os Coreanos o “vilão”é um detalhe
Repare que o nome do filme remete a vilania de uma protagonista, que não é essencialmente uma vilã. E durante o longa, em verdade, nós propositalmente não identificamos todos os lados da história, muito menos quem é o vilão. Mesmo ao final, o que o longa nos deixa a impressão é que o meio molda as pessoas, e caberá a sua interpretação entender quem é o verdadeiro mal – feitor desse contexto.
5 – A Melhor Luta no ônibus que você verá
Tenho certeza que se te pedir para citar cenas de luta em trens ou metrôs você terá pelo menos umas cinco na ponta da língua, algumas até desse ano. Com cenas de luta em aviões e talvez até em barcos, deva ser o mesmo, mas quantas cenas memoráveis de lutas em ônibus você poderia citar? “A Vilã” tem um sequência de luta num ônibus, que é seu ponto alto. Extremamente criativa e cheia de movimento com o balanço do veículo, a cena é daquelas que te deixa angustiado, roendo unhas, e em casa vai merecer replay.