Alice está de volta para segundo ela mesma, encerrar sua história no cinema. A história de uma heroína badass que surgiu no início do anos 2000, quando mulheres protagonistas de franquias ainda não era moda, e Milla Jovovich (grande estrela da CCXP desse ano, confira aqui) alheia a todas as reclamações sobre a fidelidade do filme, tomou para si a série e virou a razão de muitos fãs se interessarem pelas produções seguintes.
Baseado no popular jogo de vídeo game da Capcom, o capítulo final da franquia de game mais bem-sucedida do cinema. “Resident Evil 6: O Capítulo Final” dá sequência aos acontecimentos do filme anterior. Alice (Milla Jovovich) é a única sobrevivente do que era para ter sido a última chance da humanidade de lutar contra os mortos-vivos. Agora, ela precisa retornar para o lugar onde esse pesadelo começou – a Colmeia, em Racoon City, onde a Umbrella Corp está unindo forças para uma última batalha contra os sobreviventes do apocalipse.
Se você está preocupado em assistir os filmes anteriores, fique tranquilo, de uma forma quase escolar a própria Alice faz um resumo da franquia logo nas primeiras cenas, meio que dizendo “Hey, sente ai e relaxe, tudo que você precisa saber até agora eu acabei de explicar, continuamos daqui, ok?”.
Paul W.S. Anderson, que não ficará para história como um dos grandes cineastas da sua geração, acerta em emular nesse último filme o aspecto de game que mais funcionou na franquia até hoje, a claustrofobia, uma sensação de estar sempre labirintos e vivenciar a iminência de um ataque. O filme alia isso a um terror natural que há muito havia desaparecido da cine-serie, apesar de um trabalho de C.G.I de qualidade “duvidosa”.
Mas o gênero dominante em Resident Evil 6 com certeza é a ação, que entretêm e é competente. Os cortes não são tão picados quanto em filmes anteriores, e você consegue acompanhar bem a lutas, que de forma geral tem coreografias interessantes e uma edição de som bastante detalhista.
Cheia de frases efeito, Milla Jovovich ainda vende a vitalidade necessária para viver Alice, contrariando ela mesma, que disse estar ficando velha para viver a Cheetara de Thundercats (veja aqui), e lembrando o público de que essa onda de heroínas de ação também teve uma contribuição dela.
Já o terceiro ato do filme, falha miseravelmente em cumprir a promessa do título. Essa parte foi reservada para as explicações mirabolantes que deveriam justificar uma série de acontecimentos ao longo dos cinco filmes, mas pelo contrário, acaba deixando mais perguntas e um clima de novela mexicana, com alguns momentos que chegam a arrancar risadas (quando não deveriam), e colocam o bom ator Iain Glen (Game of Thrones) em situações impagáveis. Além de uma pequena “surpresa” da equipe de maquiagem que ficará para a história, nesses minutos finais ainda nos deparamos com diálogos como:”A – Quem é você? | B – Eu sou você| A – Não é possível, eu sou eu… ” .
Enfim, Resident Evil 6: O Capítulo Final, funciona para sua proposta e visto isoladamente é um dos melhores da série, já como “encerramento” de franquia parece ser um pouco desconexo. No entanto preste atenção em minhas aspas na palavra encerramento e talvez você entenda, sem que eu dê spoilers, que ela não é a palavra correta para definir Resident Evil 6… Confira o trailer e nossa “Chuck Nota” logo abaixo…