O cinema nacional se habituou a uma fórmula “mágica” de bilheteria, que são as comédias que de alguma forma conversam com a linguagem da Tv, pois em Vai Que Cola – O Filme a novidade é trazer uma linguagem politicamente incorreta da tv fechada aos cinemas e esperar que aquele mesmo público que faz milhões em De Pernas Pro Ar e Meu Passado Me Condena, compre a ideia…
Após ser vítima de um golpe que roubou todo seu dinheiro, Valdomiro (Paulo Gustavo) se muda para a pensão da Dona Jô (Catarina Abdalla) no Méier, bairro localizado no subúrbio do Rio de Janeiro, onde pretende escapar da polícia. Para sobreviver, ele passa a vender quentinhas pelas redondezas. A situação muda mais uma vez quando Andrade (Márcio Kieling), seu ex-sócio, consegue fazer com que Valdomiro recupere sua cobertura no Leblon. Mas há um problema: como a pensão foi interditada pela Defesa Civil, Dona Jô e os demais moradores se mudam para a casa de Valdomiro.
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O filme começa com flashback da vida do Valdomiro (Paulo Gustavo) como empresário no Lebron, que emenda em sua realidade atual, entregador de quentinhas no Méier. Logo nesses primeiro momentos se percebe que há uma certa ingenuidade (ou preguiça) dos roteiristas e do diretor César Rodrigues em desenvolver o argumento principal do filme de forma minimante aceitável. A “traminha” como brinca o próprio Paulo Gustavo em nenhum momento toma conta do longa, pelo contrário, deixa uma estranha sensação de que a história principal foi usada para preencher lacunas das sub-plots de cada personagem.
A brincadeira com a metalinguagem do personagem de Paulo Gustavo, que sabe que está dentro do filme, foi uma sacada ótima para fazer o paralelo com a interação da série de TV, mas talvez tenha sido a única grande luz cinematográfica da produção.
Uma coisa é muito clara, o Paulo Gustavo é uma persona engraçada. Seu humor ácido, rápido e debochado se encaixa como uma luva no cinema. As participações do ator são o que se pode pinçar de melhor do filme, com direito a alguns improvisos fora de série, mesmo diante de um roteiro bastante pobre no contexto geral. Outros que conseguem ter bons momentos solo, são Marcus Magella com seu afetado Ferdinando, que até incomoda as vezes, mas inevitavelmente tira boas risadas e Oscar Magrini na pele do sindico do prédio, também estereotipado, mas com bons lampejos.
Enfim, Vai Que Cola – O Filme, pega algumas fontes interessantes como o seriado Sai de Baixo, para se divertir com as diferenças de classes sociais (o personagem do Paulo Gustavo é uma versão moderna do Caco Antibes de Miguel Falabella), mas como cinema em si,busca algumas situações mais confortáveis aos filmes nacionais que são fazem o longa oscilar demais do início ao fim, com boas esquetes isoladas que não conversam entre si. Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…
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É isso ai …Has Tela Vista…O Cinema em Ação !!!