Mais de 20 anos depois do impacto causado pela superprodução de Steven Spielberg, Jurassic World chega com ares de homenagem ao clássico e se comporta exatamente assim durante toda exibição. Tanto tempo entre os filmes parece ter feito bem a franquia. Jurassic World consegue recuperar aquela impressão de estarmos vendo algo realmente extraordinário. No longa, o Jurassic Park, localizado…
na ilha Nublar, enfim está aberto ao público, porém com novo nome. Com isso, as pessoas podem conferir shows acrobáticos com dinossauros e até mesmo fazer passeios com eles, já que a maioria é domesticada. Entretanto, a equipe chefiada pela doutora Claire (Bryce Dallas Howard) passa a fazer experiências genéticas com estes seres, de forma a criar novas espécies, o híbridos, que são compostos pelo o D.N.A de diversos animais. Uma dessas criaturas adquire inteligência acima do comum e se torna uma grande ameaça para a existência humana.
Jurassic World é quase um remake do primeiro filme, digo “quase”, exatamente porquê este novo longa faz questão de nos avisar o tempo todo que é parte da mesma franquia do Jurassic Park de 1993, com citações diretas, porém sutis, algumas delas imperceptíveis para quem não conhece o clássico de Spielberg. Interessante notar também que o filme esquece completamente Jurassic Park 2 e 3 (com toda a razão), para se colocar como uma continuação do primeiro longa, muitos anos depois dos incidentes na ilha.
O diretor Colin Trevorrow, recicla a fórmula de 1993, utilizando elementos que atualizam a franquia. Logo no início temos um brincadeira inteligente sobre a teoria de evolução dos dinossauros para pássaros, que mostra que os 20 anos experiência serviram de base para o filme. A grande diferença entre Jurassic World e Jurassic Park é que dessa vez não é um teste, o parque está funcionando e recebe 20 mil pessoas por dia, o que torna qualquer “acidente” com os animais quase incontrolável. O primeiro vislumbre do parque é impressionante, é como ver uma mistura da Disney com o Sea World, mas com Dinossauros. O núcleo principal traz novamente dois jovens visitantes que são os alvos que acompanhamos na aventura, dois homens gananciosos a espera de uma brecha para tirar proveito do parque e um dono de parque aventureiro e de boa fé. Juntam-se a eles para dar frescor ao tema, uma workholic típica do anos 2000 e um badass, ex-soldado das forças armadas, extremamente necessário para o sobrevivência das vitimas da ilha.
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Tudo vai bem até que surge, Indominus Rex, o temido novo dinossauro, com inteligencia anormal e habilidades que beiram os superpoderes. Com Indominus podemos comprovar que o C.G.I alcançou o nível de excelência que talvez Steven Spielberg tenha sonhado em 1993. É assustador o realismo dos cenários, as texturas dos dinossauros e sua interação com os atores, tudo parece muito real e milimetricamente estudado, não há arestas como em Jurassic Park 2 e 3.
O impacto da aparição dos primeiros seres no filme, principalmente, o Indominus, deve deixar o público boquiaberto, no entanto, se você é fã do T-Rex, não se preocupe, a versão 2015 do dinossauro mais conhecido do mundo é ainda mais impressionante. John Willians continua no comando da inesquecível trilha sonora que se destaca nos planos abertos e envolve o espectador. Mas é nos planos fechados que o diretor consegue construir a tensão e clima quase aterrorizante, em determinados momentos Jurassic World deixa de ser uma aventura, para se tornar um filme de terror dos melhores, com tensão, brutalidade, surpresas e algum toque de humor politicamente incorreto.
O elenco traz Nick Robinson e Ty Simpkins,dois meninos muito pouco carismáticos, que são o ponto franco do filme e por conta disso são eclipsados pelo elenco adulto. O bom Chris Pratt (Guardiões da Galáxia), cumpre tranquilamente o papel de durão que o filme precisava, ao seu lado a hipnotizante Bryce Dallas Howard (Homem – Aranha 3), que encontra o tom da personagem, as vezes um pouco caricato, mas com uma evolução de comportamento interessante, até a gerente insensível do parque se tornar figura importante para o desfecho da história. Vale comentar também Vincent d’Onofrio (série Demolidor), que vai bem novamente como vilão. Irrfan Khan que é o dono do parque, um tipo de John Hammond (criador do Jurassic Park no primeiro filme) da nova geração e claro, a única participação remanescente do longa original, B.D. Wong, que faz o cientista Henry Wu, o responsável pelas alterações genéticas que recriaram os dinossauros.
Enfim, Jurassic World reserva para o final uma batalha épica entre os dinossauros que daria inveja ao Godzilla e reafirma a grandiosidade e competência de um filme que nasceu para ser um blockbuster de verão, vender muitos ingressos acompanhados de baldes e baldes de pipoca pelo mundo afora.
O aguardado momento “Os Imperdoáveis” do T-Rex, comentado pelos produtores, demora, mas acontece. Um último trabalho, uma “redenção” que facilmente poderia ser aplicada a própria franquia Jurassic Park, que depois de se entregar a continuações esquecíveis, devolve ao público dos anos 90 a sensação de diversão causada na época e ainda trata de se apresentar com personalidade para um nova geração de fãs… Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…
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É isso ai …Has Tela Vista…O Cinema em Ação !!!