Eu não sei com vocês, mas no meu caso, é muito difícil ignorar a simples presença de Al Pacino em qualquer filme na Tv, tal como é impossível não ter curiosidade sobre seus novos filmes. Afinal é do Poderoso Chefão que estamos falando senhoras e senhores. Al Pacino chega aos cinemas nacionais com Não Olhe Para Trás fazendo uma crítica a industria do entretenimento e aos artistas acomodados com ela…

Danny Collins (Al Pacino) é um músico muito popular, que vive há mais de 30 anos sem compor uma música sequer, apenas reprisando os seus maiores sucessos. Cansado da rotina de drogas e excessos, ele descobre uma carta que John Lennon escreveu para ele há décadas, mas que nunca tinha chegado às suas mãos. Inspirado pelas palavras do músico, Danny decide interromper a carreira e tentar reatar com o filho já adulto, que ele nunca conheceu.
O sucesso de Birdman, vencedor do Oscar deste ano, mostrou que o tema “bastidores do show business” ainda pode ser bastante explorado e, com o estreante Dan Fogelman, o filme não Olhe Para Trás volta seus olhos para o mundo da música. Mais especificamente em um personagem que reúne todos aqueles músicos excêntricos que vivem de uma ou duas músicas durante suas vidas inteiras.
No início vemos Danny Collins totalmente no piloto automático tocando as músicas que suas fãs mais antigas esperam ouvir, para logo depois voltar a seus excessos de drogas e insatisfação com a carreira.
A trama foca basicamente em como a vida de Danny Collins (Al Pacino) podia ter sido diferente se a tal carta inspiradora de John Lennon tivesse chegado as suas mãos. Sem dar muitos spoilers do motivo para John ter escrito a carta (a história é parcialmente real), a mensagem dizia que Danny não deveria desistir ou vender sua arte.

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Há algo de filosófico no envolvimento de Al Pacino com uma história como essa. Poderíamos fazer um paralelo com sua própria carreira, um astro reconhecido internacionalmente como um dos maiores atores da história do cinema, com personagens memoráveis em filmes como: O Poderoso Chefão, Scarface, Perfume de Mulher e Advogado do Diabo, currículo que permitiria a Al Pacino cantar sempre as mesmas “músicas” que seus fãs querem ouvir, mas pelo contrário, está sempre se arriscando em projetos diferentes. Atualmente Al vai de filmes com Adam Sandler até longas totalmente independentes. Não Olhe Para Trás está no meio termo, com uma plot interessantíssima o longa caminha para uma bela história de redescoberta, que fica um pouco presa na narrativa suavizada demais e algumas subtramas desnecessárias, como o flerte com a personagem de Annette Bening.
Al Pacino com sua competência habitual segue a linha do roteiro e imprime leveza e uma pegada orgânica a seu Danny Collins. O ator ainda sabe dominar a cena como poucos e é sempre um prezer ver sua entrega e talento em cena.
Enfim, Não Olhe Para Trás parte de um argumento forte que apoiado na atuação de Al Pacino consegue nos entregar algumas reflexões importantes sobre a diferença entre fama e reconhecimento, sobre “arte” e “produto” e em que ponto as duas se cruzam ou se separam… Veja nossa Chuck Nota logo abaixo.

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