O sucesso de franquias como Atividade Paranormal, Invocação do Mal e indo mais longe Jogos Mortais, fez com que Hollywood trouxesse à tona a tendência dos filmes de terror. Em geral com baixo orçamento, longas deste estilo conseguem faturar bilheterias que muitas vezes superam em 10 ou 20 vezes seu custo. Ouija – O Jogo do Espíritos, não é diferente, é já faturou quase U$ 50 milhões contra um orçamento de U$ 5 milhões. No entanto, como tantos outros filmes do gênero que temos visto, Ouija não se arrisca muito..

O longa é baseado no jogo de mesmo nome, utilizado para estabelecer comunicação com espíritos. De acordo com as regras do jogo, os espíritos fazem uma pedra se mover sobre letras em um tabuleiro, compondo frases destinadas aos jogadores. A trama começa com a jovem Laine (Olivia Cooke) sendo surpreendida pelo suicídio repentino da melhor amiga Debbie (Shelley Hennig). Na noite anterior à sua morte, uma apreensiva Debbie comenta com a amiga que encontrou uma mesa Ouija com a qual brincavam quando eram crianças. Intrigada com os acontecimentos, Laine reúne seus amigos para jogar e descobrir a verdade sobre a morte de Debbie.
Aqui no Brasil, muitos devem conhecer o Ouija como o “jogo dos copos”, que é (ou deveria ser), tema central do filme.
O início do longa mostra um plano sequência e uma cena interessante com as meninas Debbie e Laine, “brincando” com o jogo que futuramente lhes causaria uma série de problemas. A ideia de focar a trama no jogo dos copos é ousada e poderia render histórias bastante criativas, mas não parecia ser a vontade do diretor estreante Stiles White.

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Ouija – O Jogo dos Espíritos, utiliza todos os clichês aos quais nos acostumamos recentemente. A pergunta é, é possível fazer um filme de terror sem clichês? Muito difícil, o diretor conduz com competência alguns clichês importantes para o longa. Controlar os sustos através da edição do som aumentando-o abruptamente é um grande clichê, mas ao mesmo tempo é uma arte. É preciso saber casar esse artifício com outros elementos da narrativa, e na maioria das vezes Stiles White soube fazê-lo, tal como o trabalho com o “apagar de luzes” e caminhadas no escuro. No entanto, tudo que se utiliza em excesso, pode perder sentido, e a empolgação de White pode ter feito com que suas boas intenções tenham se perdido com o roteiro.
No elenco, Olivia Cooke, faz um esforço “sobrenatural” para não cair na velhas críticas de protagonistas de filmes de terror e, de fato, não há o que reclamar sobre ela. Se não é digna de um Oscar, a moça interpreta com firmeza, acredita no personagem e serve como um porto seguro no irregular elenco.
Enfim, vamos partir para análise simples que fiz em Debi e Lóide 2, esperamos que um filme de comédia nos faça rir, então, esperamos que um filme de terror nos assuste, certo?  Ouija – O Jogo dos Espíritos, tem bons sustos fortalecidos pelo uso competente dos efeitos especiais e interessantes nuances de cenas de silêncio. Assim como Annabelle, não é um longa que vá revolucionar o mundo do terror, mas entra na lista dos filmes que vão agradar muito os adolescentes de hoje ávidos pelo gênero…Veja nossa Chuck Nota logo abaixo…

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