Fúria | Crítica

Sempre que sai um novo filme com Nicolas Cage é a mesma coisa, trailers que não cansam de mencionar que o ator venceu um Oscar (que as pessoas realmente só lembram durante esses trailers), e só há um motivo para martelarem tanto essa informação, é o fato de que desde então, Nicolas Cage desfilou um festival de escolhas erradas e inexplicáveis. Fúria com certeza não é o grande filme que Nicolas Cage precisava para voltar ao topo…

Paul Maguire (Nicolas Cage) esteve
 envolvido durante muito tempo com o mundo do crime, mas hoje ele tenta viver uma vida tranquila com sua família. Um dia, no entanto, a filha desaparece e Paul decide reunir os amigos de antigamente e se vingar dos responsáveis, líderes da máfia russa.
A fórmula do habilidoso aposentado (policial ou assassino), é quase sempre certeira quando se fala em filme de ação. Vimos isto de forma muito competente no recente,O Protetor, com Denzel Washington. Porém, o filme Fúria nem de longe oferece o escapismo do longa com Denzel Washington. O diretor espanhol Paco Cabezas administra o filme com certa preguiça, jogando o responsabilidade em seu astro principal, que já não consegue segurar um filme sozinho

Leia Também:
Veja o primeiro trailer de Busca Implacável 3
Keanu Reeves pode retornar para Velocidade Máxima 3

No início nos deparamos com um Paul pacato, que vive tranquilamente com a família, até que o acontecimento com a filha dá vazão a uma série de cenas exageradas e diálogos nonsense. O roteiro tem uma centena de furos perceptíveis que, teriam sido abafados com cenas de ação mais críveis, mas não foi o que se desenrolou. Basicamente, Nicolas Cage junta um monte de amigos e sai “barbarizando” todos que eles acham que possam ter culpa no desaparecimento da moça.
O elenco é muito fraco, principalmente Rachel Nichols (esposa), não cabe grandes comentários sobre o restante dos coadjuvantes, pois não há muita diferença entre eles, inclusive, o despercdiçado Danny Glover, que tem um espaço muito pequeno em Fúria, como um policial apático que em nada colabora no desenvolvimento da trama.
Nicolas Cage é o mais esforçado, continua carismático (seus filmes sempre fazem boas arrecadações no Brasil), mas além de não estar em sua melhor forma como ator, não conta com uma direção que o ajude.
As cenas de ação não funcionam como planejado e são cheias de cortes que atrapalham o acompanhamento delas. Em determinados momentos Paco Cabezas tenta transformar o longa num drama, mas perde a mão nos exageros, que deixam o filme carregado e, tiram o entretenimento de ação que poderíamos ter.
Enfim, apesar de desconstruir boa parte da lógica do longa, o final inesperado é um ponto positivo. Pelo menos faz o espectador retomar a atenção perdida durante o longa… Fúria é mais um filme da carreira de Nicolas Cage que deve passar despercebido pela maioria.

Gostou? Deixe seu comentário e siga – nos nas Redes Sociais !!!